Na lista dos 8.667 brasileiros com contas numeradas no HSBC da Suíça em 2006 e 2007 aparecem sete doleiros envolvidos em casos anteriores de corrupção no Brasil e a filha de um deles. Segundo publicação do jornal O Globo, em todos os episódios eles foram investigados pela suspeita de terem operado dinheiro de origem duvidosa e acobertado operações financeiras ilegais. Os citados negam irregularidades.
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Na base de dados do HSBC suíço vazada em 2008 por um ex-funcionário do banco aparecem os nomes de Henrique José Chueke e sua filha, Lisabelle Chueke, Favel Bergman Vianna, Oscar Frederico Jager, Benjamin Katz, Dario Messer, Raul Henrique Srour e Henoch Zalcberg.
Todos os citados nas planilhas do HSBC suíço encontrados pela reportagem de O Globo afirmaram que não são doleiros. Eles também negaram ter cometido qualquer irregularidade na realização de operações financeiras ou não quiseram fazer comentários sobre as contas ao jornal.
A investigação jornalística sobre o caso, conhecida como SwissLeaks, é comandada pelo ICIJ, sigla em inglês para Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos. As investigações dão conta, até o momento, de que houve sonegação e evasão fiscal por parte do banco e de alguns correntistas.
Ter uma conta numerada no exterior não pressupõe crime. Isso só ocorre quando o contribuinte não declara à Receita Federal e ao Banco Central que mantém valores fora do país. Nesse caso, o cidadão pode ser processado por evasão de divisas e sonegação fiscal.
Na Receita, está em andamento uma investigação sobre a origem dos recursos de brasileiros com contas numeradas no HSBC suíço.