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SwissLeaks: Lista do HSBC inclui doadores de campanha

Juntas, os investigados doaram mais de R$ 5 milhões para políticos de 12 partidos

Da ABr
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Publicado em 19/03/2015 às 15:57
Foto: BEN STANSALL / AFP
Juntas, os investigados doaram mais de R$ 5 milhões para políticos de 12 partidos - FOTO: Foto: BEN STANSALL / AFP
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Na sequência da série de matérias do jornal O Globo e o portal UOL, sobre as contas secretas mantidas na Suíça, no banco HSBC, entre 2006 e 2007, foram divulgados hoje (19) os nomes de 16 pessoas que doaram dinheiro para a campanha eleitoral de 2014. Elas doaram mais de R$ 5 milhões para políticos de 12 partidos.

Os dados foram levantados a partir de cruzamento feito pelo jornal, em parceria com o portal UOL, entre as pessoas físicas que mais doaram às campanhas com os registros do HSBC vazados por um ex-técnico de informática do banco.

A investigação jornalística sobre o caso, conhecida como SwissLeaks, é comandada pelo ICIJ, sigla em inglês para Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos. As investigações dão conta, até o momento, de que houve sonegação e evasão fiscal por parte do banco e de alguns correntistas.

Na lista das pessoas que aparecem com contas secretas no HSBC no período investigado estão 8.667 brasileiros. Ter uma conta numerada no exterior não pressupõe necessariamente crime e implica declaração dos valores à Receita Federal e ao Banco Central.

Na Receita, está em andamento uma investigação de brasileiros com indícios de movimentação financeira no Banco HSBC na Suíça, com base em lista divulgada pelo consórcio de jornalistas. As denúncias também serão investigadas por uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) no Senado.

Os 16 nomes de doadores de campanha encontrados pelo jornal O Globo e o portal UOL, que também aparecem nas planilhas do SwissLeaks, são: Alceu Elias Feldmann (Grupo Fertipar); Armínio Fraga Neto (Gávea Investimentos); Benjamin Steinbruch (CSN); Carlos Roberto Massa, o Ratinho, do SBT; Cesar Ades (Banco Rendimento); Cláudio Szajman (Grupo VR); Edmundo Rossi Cuppoloni (da incorporadora 5S); Fábio Roberto Chimenti Auriemo (empreiteira JHSF); Francisco Humberto Bezerra (ex-sócio do BicBanco); Gabriel Gananian (Steco Construtora); Hilda Diruhy Burmaian (Banco Sofisa); Jacks Rabinovich (CSN); José Antonio de Magalhães Lins (Axelpar); Miguel Ricardo Gatti Calmon Nogueira da Gama (advogado); Paulo Roberto Cesso (Colégio Torricelli); e Roberto Balls Sallouti (BTG Pactual).

Segundo a reportagem, as doações foram destinadas a candidatos de vários partidos: PSDB, PT, PSDC, PV, PMDB, PSC, DEM, PROS, PTB, PSB, PRB e PP. Dez dos 16 doadores analisados têm relação com empresas abertas em paraísos fiscais. Ainda dentro dessa lista, dez ainda tinham contas abertas e em operação no período 2006/2007 pouco antes de os dados serem vazados.

Quatorze desses doadores disseram ao Globo e ao UOL que não são donos de contas numeradas, que não estão envolvidos em irregularidades ou preferiram não comentar o caso. Dois deles não retornaram à reportagem de o Globo. Os políticos que receberam dinheiro para campanhas disseram, ao jornal, que o financiamento foi declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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