Relações Exteriores

Mariano Rajoy aponta instabilidade política e Grécia como inimigos da recuperação espanhola

Partido antiliberal grego que venceu as eleições de janeiro com uma campanha contrária à austeridade, é aliado do espanhol

Da AFP
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Publicado em 27/04/2015 às 8:18
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Partido antiliberal grego que venceu as eleições de janeiro com uma campanha contrária à austeridade, é aliado do espanhol - FOTO: Foto: AFP
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O chefe de Governo espanhol, o conservador Mariano Rajoy, considerou nesta segunda-feira que a incerteza sobre a situação grega e a instabilidade política na Espanha são os "inimigos" da recuperação econômica do país.

"Eu vejo neste momento como inimigos da recuperação na Espanha a instabilidade política, este é um inimigo possível da recuperação (...) e depois a Grécia", afirmou Rajoy, um mês antes das eleições regionais e municipais, que precederão as eleições gerais do fim do ano.

O primeiro-ministro espanhol recordou que a Grécia, em troca do financiamento europeu, deve manter os compromissos (redução de déficit e dívida públicos, reformas estruturais).

"No último ano, as coisas não estavam mal, depois mudou o governo. O novo governo tomou a decisão de dizer que eles não aceitam nada do que que poderiam dizer a Comissão (Europeia), o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional", disse. 

"Mas estes três eram o que emprestavam dinheiro, então se não aceitam nada correm o sério risco de não obter financiamento", completou.

O Syriza, partido antiliberal grego que venceu as eleições de janeiro com uma campanha contrária à austeridade, é aliado do espanhol. Podemos, um dos dois partidos emergentes do país, ao lado do centrista 'Ciudadanos', que ameaçam a hegemonia do Partido Popular de Rajoy e do Partido Socialista nas próximas eleições, com denúncias de corrupção e o pedido de mudança nas políticas econômicas. 

"A chave é poder ter crescimento econômico e emprego. Para isto é necessário fazer o que todo o mundo tem feito: consolidação fiscal, reformas estruturais, etc", insistiu Rajoy.  "Estou absolutamente convencido de que o melhor para os gregos, o melhor para os europeus, para a Grécia, para a Espanha e para todos é que a Grécia permaneça onde está e cumpra os seus compromissos", acrescentou.

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