Finanças

Banco da Grécia alerta que o país sairá da Eurozona sem acordo com credores

BC faz um apelo às partes para que sejam flexíveis e convida o governo grego a reconhecer que a redução das metas de superávit primário aceita pela UE

Da AFP
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Publicado em 17/06/2015 às 8:39
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BC faz um apelo às partes para que sejam flexíveis e convida o governo grego a reconhecer que a redução das metas de superávit primário aceita pela UE - FOTO: Foto: AFP
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O Banco da Grécia advertiu nesta quarta-feira que um fracasso das negociações entre Atenas e os credores para manter o financiamento do país levaria a nação a um "default", a uma saída da zona do euro e "provavelmente" da União Europeia.

"A incapacidade de chegar a um acordo representaria o início de um caminho doloroso que levaria a uma suspensão do pagamento da dívida da Grécia e depois a uma saída do país da zona do euro e, muito provavelmente, da União Europeia", afirma o Banco Central grego no relatório anual sobre a economia do país, publicado nesta quarta-feira.

No relatório, que tem um tom político, o Banco da Grécia afirma que a conclusão de um acordo entre o país e seus credores (UE, FMI e BCE) é um "imperativo histórico" e considera que "resta pouco caminho a percorrer" para um compromisso.

O BC faz um apelo às partes para que sejam flexíveis e convida o governo grego a reconhecer que a redução das metas de superávit primário aceita pela UE e o FMI dá "o tempo necessário para o ajuste orçamentário e alguns graus de liberdade adicional na condução da política orçamentária".

Ao mesmo tempo, pede aos credores que "reafirmem e formulem em termos mais precisos a vontade" de conceder à Grécia uma redução da dívida pública "como se previu inicialmente em 2012".

Há várias semanas as autoridades de Atenas negociam com os credores a aplicação de uma série de reformas econômicas em troca da liberação de uma nova parcela de empréstimos, vital para o país.

Segundo um analista consultado na terça-feira pela AFP, a Grécia não tem liquidez suficiente para pagar este mês, ao mesmo tempo, salários e pensões e a quantia de 1,5 bilhão de euros que deve ao FMI, com vencimento em 30 de junho.

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