Crise

Grécia quer fechar acordo com credores antes de 20 de agosto

Segundo pacote de acordo inclui a introdução da diretriz europeia de 2013, adotada após a crise no Chipre, que garante os depósitos bancários de até 100.000 de euros

Da AFP
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Publicado em 21/07/2015 às 11:44
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Segundo pacote de acordo inclui a introdução da diretriz europeia de 2013, adotada após a crise no Chipre, que garante os depósitos bancários de até 100.000 de euros - FOTO: Foto: AFP
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O governo grego apresentou nesta terça-feira no parlamento um projeto de lei com um novo pacote de medidas acordadas com os seus credores e quer fechar antes de 20 de agosto o acordo para receber um terceiro resgate financeiro.

Este segundo pacote inclui a introdução da diretriz europeia de 2013, adotada após a crise no Chipre, que garante os depósitos bancários de até 100.000 €, bem como uma reforma do código civil para simplificar e acelerar a justiça reduzindo os custos.

O sindicato Adedy anunciou uma manifestação em frente ao parlamento na quarta-feira, dia em que se debaterá em caráter de emergência o texto em questão.

Após a votação de quarta-feira, o governo quer retomar imediatamente as negociações com os seus credores (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), que deve se estender "no máximo" até 20 de agosto, segundo indicou a porta-voz do governo, Olga Gerovassili, em um comunicado.

Esta votação representa um novo teste para o governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras, do partido Syriza. Mais de um quinto dos deputados do partido se opuseram ao primeiro pacote de medidas impostas pelos credores e aprovado na semana passada graças aos votos da oposição de direita e socialista.

Os analistas acreditam que o governo de coalizão do Syriza e dos gregos Independentes (um pequeno partido nacionalista) poderá ser forçado a convocar eleições antecipadas nos próximos meses caso as deserções dentro do Syriza continuem.

Tsipras, que realizou uma remodelação em seu governo há quatro dias, quer continuar o seu mandato com um "governo minoritário" para garantir o acordo sobre um novo resgate de sua economia (o terceiro depois dos de 2010 e 2012), assinado em 12 de julho, em Bruxelas entre Atenas e os países da zona do euro.

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