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Numa sessão marcada pela baixa liquidez e por operações técnicas, o dólar fechou nesta sexta-feira (8) em baixa ante o real, na contramão do exterior. A forte geração de vagas nos EUA em dezembro deu força à moeda americana lá fora, mas os investidores no Brasil aproveitaram preços mais elevados para vender dólares. Sempre que a cotação se aproximava dos R$ 4,05, surgia um movimento vendedor. Assim, o dólar à vista terminou o dia em queda de 0,37%, aos R$ 4,0340, mas acumulou nesta primeira semana do ano alta de 1,87%. A divisa para fevereiro, que encerra apenas às 18 horas, cedia 0,39%, aos R$ 4,06050.
No início do dia, o viés global para o dólar era negativo. Isso porque a China manobrou para que o yuan subisse ante o dólar - algo que não ocorria há nove sessões - e a bolsa de Xangai avançou 2%. Neste cenário mais calmo, o dólar abriu em baixa ante o real no Brasil. O fato de a cotação de fechamento na quarta-feira estar próxima dos R$ 4,05 também contribuía para as vendas, com exportadores aproveitando para internalizar recursos
Perto das 9h50, o dólar praticamente zerou as perdas, com os investidores à espera do relatório de empregos dos EUA (payroll) Quando os números saíram, o dólar ganhou força no exterior e passou a subir ante várias divisas, mas no Brasil foi, inclusive, registrada nova mínima, ainda com exportadores aproveitando as cotações e players comprados no mercado futuro realizando parte dos lucros recentes. O dólar à vista marcou a mínima de R$ 4,0068 (-1,04%) às 11h36.
Os dados mostraram a criação de 292 mil empregos nos EUA em dezembro, bem acima da previsão de 210 mil vagas. Além disso, a criação de vagas em novembro foi revisada de 211 mil para 252 mil e a de outubro de 298 mil para 307 mil. Os números reforçaram a percepção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) tende a dar continuidade no processo de normalização da política monetária em 2016, com novas altas nas taxas de juros.
Como a liquidez no Brasil era baixa, as operações de venda acabavam intensificando o efeito negativo nas cotações. Com o dólar mais baixo, surgiram compras, o que reacelerou as cotações, mais em sintonia com a alta vista lá fora. No fim, porém, o dólar sustentou leve perda ante o real. Foi o primeiro recuo após duas sessões seguidas de ganhos.