O presidente Mauricio Macri afirmou que a Argentina pagará aos fundos especulativos no dia 14 de abril, data limite imposta pela justiça de Nova York, em uma entrevista concedida nessa quarta-feira (30), pouco antes de viajar aos Estados Unidos. "Prat-Gay (ministro da Fazenda) diz que vai poder ser em 14 de abril", assinalou Macri ao canal de notícias TN, desde que o Parlamento aprove o pagamento aos fundos especulativos, como deve ocorrer na noite desta quarta-feira.
Leia Também
A entrevista foi gravada na residência presidencial de Olivos, periferia de Buenos Aires, horas antes de Macri partir para Washington para participar da cúpula de Segurança Nuclear e enquanto o Senado debatia o acordo com os fundos especulativos. Macri antecipou que em Washington manterá reuniões com seus colegas de China, Japão, Coreia, Polônia e o titular da Comunidade Europeia, entre outros.
O acordo dará "a possibilidade de acabar com este conflito que tanto dano fez aos argentinos", disse Macri. "É uma mostra de maturidade, de sensatez, algo muito importante porque o mundo está nos olhando....". A aliança de centro direita Cambiemos, liderada por Macri, tem menos de 20 das 72 cadeiras do Senado, mas vários legisladores do bloco da Frente para a Vitória (FPV, peronismo) já anunciaram que votarão a favor da medida. "A Argentina está recuperando credibilidade e confiança, e isto vai reativar o processo de investimentos", concluiu o presidente.
LEI
O Senado da Argentina converteu em lei, na madrugada desta quinta-feira (31), o acordo para o pagamento dos fundos especulativos que processavam o Estado argentino em Nova York, o que constituiu a primeira vitória política do presidente Mauricio Macri no Parlamento.
Após quase 15 horas de debates, a lei foi aprovada por 54 votos contra 16, abrindo caminho para o pagamento de 4,653 bilhões de dólares aos fundos NML Capital e Aurelius, entre outros. A medida também autoriza um endividamento do governo de 12,5 bilhões de dólares.