Após uma reunião que durou aproximadamente duas horas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e o presidente da China, Xi Jinping, anunciaram uma nova trégua na guerra comercial travada entre as duas maiores economias do mundo e apontaram para a continuidade das negociações comerciais entre os dois países.
"As negociações estão de volta aos trilhos. Tivemos uma reunião muito boa com o presidente Xi. Eu diria excelente até", disse Trump a repórteres após o encontro com o líder chinês, que ocorreu em Osaka, Japão, às margens da reunião de cúpula do G20.
Os EUA ameaçavam impor tarifas de 25% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses que ainda não sofriam com barreiras comerciais americanas. Caso as tarifas fossem impostas, praticamente todos os bens chineses importados pelos EUA seriam penalizados com tarifas. De acordo com a agência de notícias chinesa Xinhua, Trump concordou em não impor as tarifas adicionais e os dois lados se mostraram dispostos em reiniciar as negociações comerciais com base na "igualdade e respeito".
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Permissões
Além da retomada das conversas, Trump disse ter permitido que a gigante chinesa de telecomunicações Huawei pudesse voltar a comprar produtos americanos. De acordo com ele, as questões relativos à empresa serão resolvidas no fim das negociações comerciais.
Trump apontou, ainda, que a prisão da diretora-financeira da Huawei, Meng Wanzhou, não foi discutida em seu encontro com Xi Jinping. Em troca da trégua tarifária e das concessões à Huawei, Trump disse que os chineses comprarão ainda mais produtos agrícolas americanos. "Eles vão comprar tremendas quantidades de alimentos", comentou o americano.
Quanto às novas negociações sino-americanas, o presidente dos EUA disse que o trabalho com a China começará "de onde paramos" com a finalidade de que um acordo entre as duas partes seja alcançado. "Eu não estou com pressa", afirmou Trump durante coletiva de imprensa.
O presidente norte-americano apontou, ainda, que seu governo fará reuniões em breve sobre como lidar com a Huawei, que está em uma lista de empresas que não podem receber tecnologia de origem americana sem a aprovação da Casa Branca. "Estamos falando de equipamentos, onde não há um grande problema de emergência nacional", disse Trump.