Representantes de quatro centrais sindicais – Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) - protestaram nesta terça-feira (2) contra a elevação dos juros no país. Reunindo 50 pessoas, segundo a Polícia Militar, e 150, na contagem dos manifestantes, o ato durou cerca de uma hora, na calçada em frente à sede regional do Banco Central em São Paulo, na Avenida Paulista.
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A escolha do local se deve ao fato de que começou nesta terça a última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) para definir a taxa básica de juros, a Selic que, em outubro último, subiu para 11,25% ao ano.
“Aumentar a taxa de juros é aumentar o desemprego, diminuir o consumo e, com isso, prejudicar, principalmente, o setor industrial e o emprego industrial”, defendeu João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical.
Assim como ele, os demais líderes sindicais criticaram a alta dos juros, em discursos feitos em cima de um carro de som. Na calçada, um pequeno grupo de sindicalistas agitava bandeiras, chamando a atenção de quem passava pelo local sob o bordão: “Eu quero agora. Eu quero já. Eu quero ver os juros baixar”.
O ato contou com o apoio da União dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (Umes). Por medida de cautela, os seguranças do Banco Central isolaram a entrada principal da instituição, colocando uma faixa a poucos metros das divisórias de vidro que cercam o saguão de acesso ao prédio. À distância policiais militares da força ostensiva que fazem ronda de bicicleta na região acompanhavam o ato, que foi pacífico e não chegou a atrapalhar a circulação de veículos.