Protesto

Grupo a favor de intervenção militar é expulso de protesto por impeachment de Dilma

Confusão começou quando o empresário Ricardo Roque usou um megafone para pedir a intervenção do Exército no Planalto

Da Folhapress
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Publicado em 29/11/2014 às 16:36
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Confusão começou quando o empresário Ricardo Roque usou um megafone para pedir a intervenção do Exército no Planalto - FOTO: Foto: AFP
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Na terceira manifestação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff após a reeleição da petista, um grupo que pedia intervenção militar no Brasil teve que ser retirado pela polícia após atrito com o restante dos participantes do ato.

Cerca de 600 pessoas -segundo a Policiai Militar- se concentram, neste sábado (29), no vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na Avenida Paulista (região central de São Paulo).

A confusão começou quando o empresário Ricardo Roque, 44, usou um megafone para pedir a intervenção do Exército no Planalto. Com ele, um grupo de manifestantes levantava cartazes pedindo a volta dos militares -um deles, vendia camisetas e bonés com estampas camufladas por R$ 30 e R$ 15 cada, respectivamente.

Em cima de um carro de som, o cantor Lobão -que decidiu voltar às manifestações pelo impeachment após desistir do ato do último dia 15, por conta dos pedidos de intervenção militar- disse que esse tipo de pauta não é bem vinda no protesto. "Essas pessoas aqui são tão alienígenas quanto o pessoal do MST", afirmou.

Com gritos, a maioria dos participantes do ato pediu a expulsão do grupo a favor da intervenção do Exército. A demanda foi atendida pela PM, que afastou os manifestantes.

'FRAUDE'

Marcello Reis, fundador do movimento Revoltados Online, que organiza o protesto, disse que o objetivo do evento é mostrar que as eleições presidenciais deste ano foram fraudadas. Ele diz ter "provas cabais" de que a apuração doa votos foi irregular.

"Tenho parentes que foram votar e, quando chegaram, já tinham votados por eles", disse.

Segundo ele, o protesto "é livre" e todos têm direito de expressar suas demandas, inclusive os que pedem intervenção militar. "Nós estamos vivendo uma ditadura agora."

O ato ficou, desde as 14h, concentrado no Masp e depois seguiu em direção a Consolação. Um trecho de uma das pistas da Avenida Paulista foi interditado.

"Somos todos coxinhas", brincou um membro do Revoltados Online, de cima do carro de som, após a confusão, em referência ao apelido dado a eleitores de direita em São Paulo.

Enquanto isso, um grupo de pessoas fantasiadas de personagens do seriado Chaves circulava pelo vão do Masp, em homenagem ao ator Roberto Bolaños, que morreu nesta sexta (38).

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