Sob clima tenso e com as galerias do plenário vazias, senadores e deputados ainda não chegaram a um acordo para a votação do projeto de mudança na meta do superavit (PLN 36/14). Nesse momento os parlamentares tentam encerrar as discussões gerais para iniciarem a apreciação de dois vetos presidenciais que trancam a pauta. Só depois que esses vetos forem apreciados é que a votação do projeto do superávit poderá ser votado.
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Apesar da tentativa de esvaziamento da sessão, por parte de partidos de oposição, pouco antes do meio-dia o quórum mínimo de 257 deputados e de 41 senadores, para o início do processo de apreciação das matérias em pauta foi superado. O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) classificou como “ escárnio, desmoralização" do processo político o fato de o governo, por meio de decreto, ter condicionado a liberação de emendas à votação da proposta.
A oposição também protesta na tribuna contra a manutenção das galerias vazias e tentam convencer o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a liberar o acesso de pessoas que estão barradas e protestam na entrada principal do Parlamento.
Ao discursar na tribuna contra o projeto de mudança na meta do superávit, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) comentou a manifestação de ontem nas galerias. Segundo ele, da mesma forma que as galerias permancem vazias na votação desta quarta-feira "mais atentos do que nunca estão os brasileiros fora desta Casa , atentos aquilo que hoje ocorre [tentativa de votação do projeto do superávit]”.