O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, reconheceu que será necessário manter as térmicas ligadas neste ano -o que onera a tarifa de energia-, mas descartou a necessidade de racionamento.
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O ministro afirmou que o menor custo depende, em parte, do consumidor agora com o sistema de bandeiras tarifárias. Ou seja, se usar menos energia, a utilização das térmicas poderá não se prolongar tanto.
Pelo novo regime, diz, o cliente "sabe qual matriz energética" está sendo usada e pode contribuir para reduzir o consumo.
A bandeira vermelha, que encarece a tarifa em R$ 3 a cada 100 kWh consumidos, indica o uso intenso das termelétricas, cuja geração é mais cara.
Indagado sobre o reajuste da tarifa neste ano, Braga disse que será inferior a 40%, mas não arriscou um percentual.
RACIONAMENTO
Para Braga, não há necessidade de racionamento, apesar de 2015 apontar para um regime de chuvas similar ao de 2014 -um dos piores da história.
O ministro ressaltou, porém, que há previsão de mais chuvas no Sul e Norte neste ano, onde estão grandes usinas, como Itaipu, Tucuruí, Santo Antônio e Jirau. No Sudeste e Centro-Oeste, a situação será parecida com 2014.
Para Braga, os problemas no fornecimento de energia vistos neste verão são "pontuais" e "ocasionais". Nada tem a ver, diz, com falhas na geração de energia, apesar do baixo nível de alguns reservatórios de usinas.
O ministro reconheceu, porém, que é "preciso melhorar e investir" na chamada rede de baixa tensão, utilizada nas áreas urbanas pelas distribuidoras para levar a energia aos consumidores residenciais ou pequenos comércios.
As redes, diz, precisam ser modernizadas, automatizadas e ganhar eficiência -ou seja, reduzir perdas, o que também onera a tarifa final de energia.
Um dos motivos da demora no retorno do suprimento de energia em caso de interrupção é o baixo nível de automação das redes.