As empresas de saneamento básico e elétricas viram suas ações cair fortemente nesta sexta-feira (23), diante da possibilidade cada vez mais factível de haver racionamento de água no país, segundo analistas.
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Os papéis da concessionária de saneamento do Estado de São Paulo, a Sabesp, caíram 11,65%, para R$ 13,50. Foi a maior queda entre as 68 ações do Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, que, por sua vez, cedeu 1,35%, para 48.775 pontos. No ano, a Sabesp perde 20,6%, enquanto o Ibovespa, 2,46%.
Nesta sexta (23), o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) previu que as chuvas que deverão chegar às represas da região Sudeste em janeiro sejam equivalentes a 43% da média histórica.
Fora do índice, a concessionária de saneamento do Estado de Minas Gerais, a Copasa, registrou perda ainda mais expressiva, de 14,95%, para R$ 19,11. Em 2015, a baixa chega a 24,1%.
A presidente da empresa, Sinara Meireles, afirmou em entrevista, na quinta-feira (22), que a situação hídrica das cidades atendidas pela companhia mineira é "crítica" e que um racionamento é considerado entre as medidas que podem ser tomadas para lidar com esse cenário.
ELÉTRICAS
O ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) disse na quinta-feira (22) que um racionamento de energia elétrica será decretado caso o nível dos reservatórios chegue ao limite chamado de "prudencial", estabelecido em 10%. Na segunda-feira (19), um apagão atingiu 11 Estados e o Distrito Federal.
As ações do setor mostraram perdas nesta sexta (23), puxadas pela CPFL (-3,89%).