O volume de vendas de combustíveis no Brasil cresceu 5,3% em 2014 na comparação com o ano anterior. O dado foi divulgado hoje (10) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), durante seminário em sua sede, no centro da cidade do Rio de Janeiro.
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O diesel, que responde por mais de 40% do mercado de combustíveis do Brasil, cresceu 2,5%, atingindo 60 bilhões de litros no ano passado. As vendas de gasolina (que respondem por outros 30% do mercado) cresceram 7,1% e atingiram 44,3 bilhões de litros.
Outros combustíveis com crescimento foram: etanol hidratado (10,5%), gás liquefeito de petróleo, ou gás de cozinha (1,26%), óleo combustível (24,1%) querosene de aviação (3,4%) e biodiesel (16,4%). O gás natural veicular, conhecido como GNV, teve queda de 3,23%.
“Esse crescimento acima do PIB [Produto Interno Bruto, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país] mostra o forte vigor do consumo de combustíveis no país”, disse o diretor da ANP, Florival Carvalho.
Os dados do mercado de combustível em 2014 mostram que o Brasil aumentou em 9,8% sua dependência da importação de diesel. O país precisou importar 10,8 bilhões de litros no ano passado. Houve também recuo de 67,5% da exportação de etanol brasileiro. A venda do biocombustível do país para outros países caiu de 2,9 bilhões de litros em 2013 para 946 milhões em 2014.
Por outro lado, houve uma redução de 28,2% da importação de gasolina no período. O Brasil importou 1,8 bilhão de litros no ano passado.
Outro dado mostrado pelo balanço da ANP foi o crescimento de 5,5% do número de agentes envolvidos no comércio de combustíveis, que passaram de 108 mil em 2013 para 114 mil em 2014, um crescimento principalmente concentrado no número de revendedores de GNV.
Segundo o diretor, o crescimento da venda de combustíveis bem como o aumento, em dezembro de 2014, da produção de petróleo (18,4% na comparação com 2013) e gás (16,6% no mesmo tipo de comparação) mostram que o mercado é promissor para este ano, apesar das denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras. “O que temos é uma crise instalada em uma empresa, que a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça estão apurando para penalizar aqueles que têm culpa e absolver os inocentes”, disse o diretor.