O ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) começa nesta quarta (11) uma visita de dois dias à Argentina, principal parceiro comercial do país no Mercosul.
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A expectativa é que a visita do chanceler quebre o gelo na relação entre os dois países. No ano passado, as exportações brasileiras para o vizinho recuaram 27%, afetadas principalmente pelo mau desempenho do setor automotivo. As vendas argentinas para o Brasil também recuaram 20%, em 2014.
A expectativa é que os dois países acertem um novo acordo para o comércio de veículos até junho deste ano.
Brasil e Argentina passam por dificuldades econômicas neste momento. Com a economia estagnada, o Brasil precisa aumentar suas exportações para voltar a crescer. Já a Argentina não pode importar, porque sofre com a falta de dólares em razão de uma crise cambial que se tornou mais severa nos últimos dois anos.
Vieira pode contribuir em melhorar o diálogo entre os dois países porque foi embaixador na Argentina por muitos anos (entre 2004 e 2010) e conhece os membros do governo Cristina Kirchner.
Ele será recebido pelo chanceler Héctor Timerman, que está no centro da atual crise política argentina. Ele, além da presidente Cristina Kirchner e de outros aliados do governo, foram acusados pelo promotor Alberto Nisman de conspirarem para supostamente proteger iranianos envolvidos no atentado à entidade judia Amia, em 1994.
Nisman apareceu morto no seu apartamento um dia antes de apresentar a denúncia no Congresso.
Além de Timerman, Vieira deverá se encontrar com o ministro da Economia, Axel Kicillof, com o chefe de gabinete, Jorge Capitanich e outros ministros.