Os fabricantes nacionais de automóveis querem a prorrogação do acordo automotivo com o México pelos próximos cinco anos, conforme informou hoje (20) o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan.
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Ele participou da primeira rodada de reunião entre representantes do Brasil e do México no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
“Estamos satisfeitos com o andamento das negociações. A primeira reunião foi para cada um dos lados apresentar intenções. Esperamos fechar o acordo no próximo encontro”, disse Moan. No próximo dia 27, os dois países voltam a discutir, na Cidade do México, a renovação do acordo.
Assinado há três anos para conter a entrada de automóveis mexicanos no Brasil, o acordo vigora até 18 de março. Pelo acordo, o México pode vender até US$ 1,64 bilhão por ano em veículos leves para o Brasil com isenção de tarifas. Acima desse montante, as importações são taxadas em 35%.
O acordo também estabelece que os veículos precisam ter pelo menos 35% de conteúdo local. No caso do Brasil, a exigência vale para peças produzidas no Mercosul. Na época da assinatura do documento, a regra tinha como objetivo estimular o comércio de autopeças entre os dois países.
Originalmente, o acordo previa o aumento da cota de componentes regionais para 40% a partir de 2016. Moan, no entanto, afirmou que a Anfavea deseja a manutenção do índice em 35%. “A manutenção do acordo nos termos atuais traz estabilidade para o setor automotivo, que perdeu competitividade nos últimos anos”, justificou.
O México defende o livre comércio de veículos com o Brasil, com isenção de tarifas para todas as vendas para o mercado brasileiro. O resultado das negociações será anunciado no fim do mês, após as reuniões na capital mexicana.