Negócio

Brasil e México renovam acordo automotivo por mais quatro anos

O novo acordo prevê que o comércio de veículos automotivos leves entre ambos possa chegar a US$ 1,56 bilhão, sem que seja necessário o pagamento de impostos de importação

Da ABr
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Publicado em 09/03/2015 às 16:40
Foto: Comunicação Volkswagen do Brasil
O novo acordo prevê que o comércio de veículos automotivos leves entre ambos possa chegar a US$ 1,56 bilhão, sem que seja necessário o pagamento de impostos de importação - FOTO: Foto: Comunicação Volkswagen do Brasil
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O governo brasileiro anunciou hoje (9) a renovação, por mais quatro anos, do acordo automotivo com o México, já que o tratado atual venceria na próxima semana. O novo acordo prevê que o comércio de veículos automotivos leves entre ambos possa chegar a US$ 1,56 bilhão, sem que seja necessário o pagamento de impostos de importação.

Esse valor da cota se mantém por um ano. Depois, anualmente, esse valor é reajustado em 3%. “Estamos prevendo que esse acordo produzirá resultados mais equilibrados e, a partir daí, vamos criar condições para o livre comércio”, disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, durante o anúncio no Rio de Janeiro.

Em entrevista à imprensa, o ministro também falou sobre a recente desvalorização do real em relação ao dólar. Segundo ele, isso é resultado do atual “momento político” no Brasil e que, quando passar esse momento de volatilidade, o câmbio se estabilizará em um patamar mais conveniente para o Brasil.

Um dólar está equivalendo hoje no mercado a R$ 3,10. “Vamos ter um câmbio competitivo que vai dar ao Brasil uma outra condição em relação à competitividade de suas exportações. Reconheço que esse movimento dos últimos dias é algo que decorre muito mais de uma certa reação do mercado ao momento político. Mas logo me parece que ele vá se estabilizar em um nível que dê competitividade às exportações brasileiras”, disse.

Segundo ele, a tendência “estrutural” do câmbio é que o real se mantenha depreciado. Em um ano, explica o ministro, o real já perdeu mais de 40% de seu valor. “Há condições que estruturalmente estão conduzindo à valorização do dólar. A economia americana se fortaleceu. Há uma expectativa de elevação da taxa de juros no mercado americano. Isso vai concorrer para um maior afluxo de recursos para o mercado americano. Com isso, várias moedas, inclusive o real, estão flutuando no sentido da desvalorização”, disse.

Mas também há, de acordo com o ministro, fatores “conjunturais” que provocam uma oscilação da moeda, como o momento político.

Armando Monteiro disse que a balança comercial brasileira será beneficiada não só pela desvalorização do real como também por outros fatores, como um resultado melhor da “conta petróleo” e uma safra agrícola maior ainda que com preços menores.

Ele disse que o câmbio elevado também promove o encarecimento de produtos importados, o que beneficia a indústria nacional.

O ministro também falou sobre o ajuste fiscal do governo. Ele disse acreditar que as medidas terão “trânsito” dentro do Congresso porque os parlamentares compreendem as necessidades delas. “Agora, o Congresso é soberano e poderá promover ajustes nessas medidas. Mas não creio que os congressistas possam deixar de considerar a necessidade do ajuste”, disse.

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