Avaliação

Mercadante: manutenção de grau de investimento não reduz responsabilidade

Mercadante disse também que o país precisa do ajuste fiscal, olhar para as contas públicas com dedicação

Da ABr
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Publicado em 24/03/2015 às 17:09
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Mercadante disse também que o país precisa do ajuste fiscal, olhar para as contas públicas com dedicação - FOTO: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, avaliou como positivo o fato de a agência de classificação de risco Standard & Poor's ter mantido o grau de investimento do Brasil. A avaliação dele, no entanto, é de que essa notícia não diminui a responsabilidade do governo federal em promover o ajuste fiscal com que se comprometeu e se preparar para um “novo processo de crescimento”.

“As agências de risco têm alguma importância, para o mercado financeiro, em especial. Já cometeram erros no passado, mas são um sinalizador que o mercado financeiro presta atenção. Portanto, é evidente que é um fato positivo para o país manter o grau de investimento”, disse.

Mercadante disse também que o país precisa do ajuste fiscal, olhar para as contas públicas com dedicação. “Quanto mais rápido fizermos o ajuste, mais rápido nós voltaremos a crescer”, declarou o ministro, em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto.

Segundo ele, todos os países estão deixando de adotar políticas anticíclicas, exemplo que deve ser adotado pelo Brasil. Mercadante disse que, após reagir de modo “exitoso”, com crescimento maior que Estados Unidos e Europa entre 2009 e 2014, o Brasil necessita enfrentar duas mudanças essenciais “que vão embasar novos crescimentos: as políticas cambial e fiscal.”

O ministro justificou a intenção do governo de reduzir as desonerações da folha de pagamento em diversos setores da economia, depois que a ação gerou, segundo ele, uma queda na receita de R$ 26 bilhões. “Estamos fazendo [isso], corrigindo parcialmente, reduzindo as alíquotas e, permitindo a quem quiser, voltar para o sistema anterior – que existiu 60 anos no país –, que é o pagamento sobre a folha de pagamento. Por isso não é aumento de carga tributária, ela volta exatamente como era antes”, disse.

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