Os investidores iniciaram abril mais otimistas, resultado dos discursos recentes da presidente Dilma Rousseff e do ministro Joaquim Levy (Fazenda) em defesa do ajuste nas contas do governo. Também colaborou com o clima a captação de US$ 3,5 bilhões da Petrobras na China.
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O Ibovespa, principal termômetro dos negócios com ações no país, fechou com alta de 2,29% nesta quarta-feira (1), aos 52.321 pontos. Trata-se do maior patamar do índice em quatro meses.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, caiu 1,41% e terminou o primeiro dia útil de abril em R$ 3,158. O dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, teve desvalorização de 0,56%, e voltou a R$ 3,174.
Foi o primeiro dia de negócios no ano sem intervenções do Banco Central no câmbio por meio da venda de títulos que equivalem a uma compra de dólares a prazo.
As sete horas de audiência do ministro Levy nesta terça (31) na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado ajudou a renovar o otimismo dos investidores. O ministro convenceu os senadores a incluir a proposta do governo para a renegociação da dívida de Estados e municípios com a União no texto que tramita no Senado.
No mesmo dia, a presidente Dilma Rousseff disse em entrevista à Bloomberg que o governo está comprometido com o corte de gastos.
A presidente afirmou ainda que a Petrobras soltará o balanço auditado neste mês.
Os papéis preferenciais (sem voto) da Petrobras, os mais negociados, subiram 4,93%, para R$ 10,21. Os ordinários (com voto) subiram 5,22%, para R$ 10,08.
"Levy se mostrou como articulador dos ajustes fiscais, enquanto a Dilma enfatizou o apoio ao ajuste fiscal, com o apelo por um contingenciamento forte das despesas", disse Maurício Nakahodo, do Banco de Tokyo-Mitsubishi.
"Levy é o avalista do processo que poderá tirar o país desse situação", disse Marcio Cardoso, da Easynvest.