Mais brasileiros acreditam que a inflação vai ficar em 8,9% nos próximos 12 meses. O número cresceu 0,1 ponto percentual de abril para maio, de acordo com dados da Expectativa de Inflação dos Consumidores, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Com esse resultado, a taxa atinge pela terceira vez consecutiva o recorde da série, iniciada em setembro de 2005.
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Este mês, 23,4% das entrevistados acreditam que a inflação variará entre 8% e 9%, faixa mais citada entre os consumidores consultados. Apenas 7,3% deles acreditam que a inflação ficará abaixo de 6,5% nos próximos 12 meses.
Na avaliação do economista da FGV Aloisio Campelo Jr., embora a diferença do indicador de expectativa de inflação – de abril para maio – não seja significativa, “o aumento da frequência relativa de previsões acima de 8% mostra que a percepção de aceleração da inflação ainda está se disseminando entre os consumidores brasileiros”.
Nos últimos 12 meses, a expectativa de inflação mediana por parte dos consumidores subiu quase dois pontos percentuais. Em maio do ano passado, era 7,2%, fechando 2014 com uma expectativa mediana de 7,4%.
Depois de ter caído para 7,2% em janeiro deste ano, a mesma taxa aparecia com expectativa de 7,9% em fevereiro. Nos últimos três meses, no entanto, a expectativa de inflação vem se mantendo acima de 8%. Em março, ficou em 8,4%; em abril, em 8,8%; e, em maio, chegou a 8,9%, uma alta de 1,7 ponto percentual na comparação com maio de 2014.
A Sondagem do Consumidor ouviu mais de 2,1 mil brasileiros em sete capitais (Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Brasília e Recife). Cerca de três quartos dos entrevistados vêm respondendo aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.