Fundo de Garantia

Lucro do FGTS cresce 40% e fica em R$ 12,9 bi em 2014

De acordo com a pasta, foram contratados R$ 56 bilhões em obras de habitação, saneamento e infraestrutura em 2014, um aumento de 10,4% ante ao ano anterior

Da Folhapress
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Publicado em 14/07/2015 às 19:43
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
De acordo com a pasta, foram contratados R$ 56 bilhões em obras de habitação, saneamento e infraestrutura em 2014, um aumento de 10,4% ante ao ano anterior - FOTO: Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
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O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) teve lucro de R$ 12,9 bilhões em 2014, 40% acima do verificado no ano anterior, informou o Ministério do Trabalho nesta terça-feira (14).

O valor é inferior, no entanto, ao registrado em 2012, quando o fundo lucrou R$ 14,4 bilhões.

De acordo com a pasta, foram contratados R$ 56 bilhões em obras de habitação, saneamento e infraestrutura em 2014, um aumento de 10,4% ante ao ano anterior.

A maior parcela foi destinada a obras de habitação (R$ 43,1 bilhões), incluindo os projetos do programa Minha Casa, Minha Vida.

De acordo com o governo, os recursos destinados ao Minha Casa, Minha Vida beneficiaram 480 mil famílias e ajudaram a manter ou gerar 3,4 milhões de postos de trabalho ao longo do ano passado.

Os subsídios para o financiamento da casa própria, sustentados pelo fundo, alcançaram R$ 7,9 bilhões, quase o mesmo montante do exercício anterior.

"O resultado foi satisfatório e permitirá que façamos este o maior investimento da história do fundo", afirmou o ministro Manoel Dias (Trabalho), após reunião do conselho curador do FGTS, que aprovou o relatório com as contas do fundo.

Segundo ele, as contratações subirão em todos os segmentos.

FI-FGTS

Na reunião, foi aprovado ainda o relatório do FI-FGTS, fundo de investimentos em infraestrutura do FGTS.

Em 2014, o fundo investiu em cinco novos projetos, nos segmentos de energia, rodovia, hidrovia, porto e saneamento. Os valores aprovados para desembolso somaram R$ 3,1 bilhões.

O FI-FGTS fechou o ano passado com rentabilidade de 7,05%, desempenho inferior ao de 2013, quando obteve rentabilidade recorde de 8,22%.

Na reunião, não foi debatida a criação do fundo no qual os trabalhadores poderão aplicar até 30% do saldo disponível no FGTS. De acordo com o ministro, há "consenso" sobre o tema, mas o governo está avaliando como irá estruturá-lo.

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) alertou que seria necessária uma mudança na lei atual, o que a pasta discorda. O novo fundo será aplicado ao FI-FGTS.

O tema será debatido na próxima reunião do conselho curador, segundo o ministro.

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