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Dólar alto afeta intercâmbio

A valorização da moeda americana aumenta a dificuldade para os que querem estudar fora do País. Mas há alternativas

Da editoria de economia
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Publicado em 14/09/2015 às 9:46
Foto: Fernanda Carvalho / Fotos Públicas
A valorização da moeda americana aumenta a dificuldade para os que querem estudar fora do País. Mas há alternativas - FOTO: Foto: Fernanda Carvalho / Fotos Públicas
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O intercâmbio é uma experiência vista por muitos como um projeto de vida, algo que refletirá diretamente na qualificação profissional e no aprimoramento de um novo idioma, algo altamente exigido no meio corporativo atual. Entretanto, mesmo que a procura por esse tipo de viagem ainda seja alta, o setor não passa imune às consequências do atual cenário econômico. O principal obstáculo: as sucessivas altas do dólar.

“Os estudantes estão mais receosos, sem dúvidas. Mas a crise também traz uma diminuição da empregabilidade e isso exige que os profissionais estejam cada vez mais capacitados. Hoje, um segundo idioma e uma vivência no exterior são essenciais para tornar o individuo mais competitivo”, explica o diretor da Dreams Intercâmbios, Gian Cintra. Segundo ele, os intercambistas enxergam o intercâmbio como como um investimento em educação, por isso não desistem. “Aqui na Dreams percebi que esse tipo de cliente interessado em se capacitar é cada vez mais presente, mesmo com a moeda em alta”, afirma.

No ano passado, mais de 232 mil brasileiros participaram de programas de intercâmbio, sendo de um a três meses o tempo médio de cada estudante no exterior, aponta um levantamento da Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais (Belta). Os principais destinos escolhidos pelos intercambistas são países como o Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, Irlanda, Austrália e Nova Zelândia, ratificando a preferência dos brasileiros por países de língua inglesa. No entanto, a intensa valorização do dólar americano nos últimos meses alterou a rota de muitos viajantes. Segundo a Belta, a procura por países europeus, como a República Checa, que oferece cursos de inglês a preços mais acessíveis, cresceu muito nos últimos meses.

Para os que insistem em viajar para os EUA, diminuir a duração do intercâmbio ou a carga horária é a opção encontrada. Diante disso, aspectos como a carga-horária e o turno da capacitação escolhida também ajudam a definir o tamanho do investimento.

O administrador Dagoberto Mendonça é um exemplo de que repensar a duração da viagem e contabilizar os gastos são medidas eficazes mesmo em época de dólar alto. Ele retornou neste mês de um intercâmbio no Canadá, no qual estudou inglês durante um mês. “Analisei custos, despesas e tudo o que eu precisava para viajar. No final, valeu muito a pena. Assim que voltei já recebi duas boas propostas de emprego”, afirma ele, explicando que a viagem foi planejada por um ano.

Para o diretor da Dreams Intercâmbios, quem planeja a viagem com antecedência leva vantagem, sem risco de estourar o orçamento. “A dica é, inicialmente, procurar destinos onde a moeda local seja menor que o dólar americano, como o Canadá. Itens como passagem aérea, visto e até mesmo o próprio intercâmbio, quando comprados com antecedência, tendem a ser mais baratos. Além disso, o fato do valor do pacote ser fechado em real resguardando o intercambista de qualquer possível aumento da moeda em questão”.

Comprar a moeda aos poucos também protege o intercambista de variações bruscas. Para que a viagem não se transforme em um problema, evitar o uso do cartão de crédito também é aconselhável.

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