A equipe econômica reduziu sua projeção para o deficit da Previdência neste ano em R$ 6,7 bilhões, o que permitiu ao governo manter a meta fiscal para 2015 em terreno positivo sem promover novos bloqueios de gastos. A decisão ocorre mesmo com a expectativa de que a retração da economia será bem maior do que o previsto até então.
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Em relatório de acompanhamento do orçamento do ano divulgado nesta terça-feira (22), o governo estimou que o PIB vai encolher 2,44% este ano. O cenário adotado na programação desde julho era de uma queda de 1,49%.
Apesar dessa piora de perspectiva, as projeções de receitas e despesas totais pouco foram alteradas e a meta de economia para o ano foi mantida em R$ 5,831 bilhões (0,10% do PIB) para o governo federal.
O objetivo está bem acima do projetado pelo mercado e vai demandar uma melhora expressiva no desempenho das contas até o final do ano.
Nos 12 meses até julho, a União acumulou um deficit primário de R$ 41,9 bilhões, ou 0,73% do PIB. Os dados da arrecadação de agosto, que apresentaram queda real (já descontada a inflação) de 9% não sugerem melhora do resultado no mês.
Sondagem feita pelo Banco Central com economistas mostra que a aposta predominante é que o setor público, incluindo também os resultados dos Estados e municípios, vai fechar o ano com deficit de 0,20% do PIB.