BANCO CENTRAL

Setor público tem déficit primário de R$ 7,310 bilhões em agosto

Em 12 meses, o déficit primário está em R$ 43,845bilhões, o equivalente a 0,76% do PIB

Do Estadão Conteúdo
Cadastrado por
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 30/09/2015 às 11:19
Foto: Marcos Santos/ USP Imagens
Em 12 meses, o déficit primário está em R$ 43,845bilhões, o equivalente a 0,76% do PIB - FOTO: Foto: Marcos Santos/ USP Imagens
Leitura:

O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 7,310 bilhões em agosto, após registrar um rombo de R$ 10,019 bilhões em julho e de R$ 9,323 bilhões em junho. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (30), pelo Banco Central.

O resultado do mês passado foi praticamente a metade do que o registrado em agosto de 2014, quando houve déficit de R$ 14,460 bilhões. Também foi pouco maior que a mediana deficitária de R$ 7,050 bilhões, obtida com base nas estimativas de 14 instituições financeiras consultadas pelo AE Projeções (déficit primário de R$ 6,2 bilhões a R$ 9,1 bilhões).

O resultado fiscal de agosto foi composto por um déficit de R$ 6,934 bilhões do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência). Os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o montante negativamente com R$ 174 milhões no mês. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 226 milhões, os municípios tiveram déficit de R$ 400 milhões. Já as empresas estatais registraram déficit primário de R$ 202 milhões. 

Acumulado

De janeiro a agosto, o setor público consolidado apresentou déficit primário acumulado de R$ 1,105 bilhão (0,03% do Produto Interno Bruto), segundo o BC. Esse resultado é o primeiro déficit no acumulado do ano em 2015. O resultado é bem pior do que o de idêntico período de 2014, quando o superávit somava R$ 10,205 bilhões (0,28% do PIB).

O resultado fiscal de janeiro a agosto de 2015 foi composto por um déficit de R$ 14,884 bilhões do Governo Central. Os governos regionais (Estados e municípios) contribuíram com superávit de R$ 15,952 bilhões nos oito meses. Enquanto os Estados registraram um ganho de R$ 13,860 bilhões, os municípios tiveram saldo positivo de R$ 2,092 bilhões. Já as empresas estatais registraram déficit primário de R$ 2,172 bilhões.

Em 12 meses, o déficit primário está em R$ 43,845bilhões, o equivalente a 0,76% do PIB. O maior rombo vem do Governo Central (R$ 36,880 bilhões, ou 0,64% do PIB). Os governos regionais tiveram perdas de R$ 959 bilhões. Isso porque os Estados tiveram déficit de R$ 4,672 bilhões, mas os municípios registraram saldo positivo de R$ 3,713 bilhões.

Déficit nominal

De acordo com o Banco Central, o setor público consolidado registrou um déficit nominal de R$ 57,013 bilhões em agosto. Em julho, foi registrado déficit de R$ 72,772 bilhões e, em agosto do ano passado, o resultado foi negativo em R$ 31,476 bilhões. 

No mês passado, o Governo Central registrou déficit nominal de R$ 48,676 bilhões. Os governos regionais tiveram saldo negativo de R$ 7,623 bilhões. As empresas estatais registraram déficit nominal de R$ 713 milhões. 

De janeiro a agosto, o déficit nominal está em R$ 339,431 bilhões ou 8,87% do PIB. Nos 12 meses encerrados em agosto, o déficit nominal está em R$ 528,294 bilhões. Esse valor é equivalente a 9,21% do PIB.

Gasto com juros

Ainda de acordo com o BC, o setor público consolidado gastou R$ 49,703 bilhões com pagamento de juros em agosto. Houve uma diminuição em relação ao gasto de R$ 62,753 bilhões registrado em julho passado. O saldo, porém, ficou bem maior do que os R$ 17,016 bilhões vistos em agosto de 2014. 

Além disso, o Governo Central registrou perdas na conta de juros, no valor de R$ 41,743 bilhões. Já os governos regionais registraram despesa com esta conta de R$ 7,450 bilhões, e as empresas estatais tiveram gastos de R$ 511 milhões. 

De janeiro a agosto de 2015, o pagamento de juro já somou R$ 338,326 bilhões, o equivalente a 8,85% do PIB. Nos últimos 12 meses encerrados em agosto, a despesa com o serviço da dívida chegou a R$ 484,448 bilhões ou 8,45% do PIB.

Últimas notícias