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A crise econômica continua impactando fortemente o mercado de trabalho brasileiro. Foram cortados 1,2 milhão de postos formais de emprego nos últimos 12 meses até setembro, informou nesta sexta-feira (23) o Ministério do Trabalho e Emprego.
Considerando apenas o mês de setembro, foram extintos 95,6 mil postos. A queda no número de vagas é a sexta consecutiva, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Trata-se do pior resultado para o mercado de trabalho no período desde 1992.
Já na análise do saldo de postos de trabalho (diferença entre criação e encerramento de vagas) no acumulado do ano, o país fechou 657.761 vagas formais. É o pior desempenho da série histórica para o período, criada em 2002.
Os destaques negativos ficaram por conta do setor de serviços, que encerrou 33.535 postos, da Construção Civil, com menos 28.221 empregos, e da Indústria de Transformação, que encerrou 10.915 vagas.
Também houve corte de vagas formais no Comércio, com menos 17.253 postos e na Agricultura, com redução de 3.246 empregos.
Na divisão por unidades federativas, São Paulo foi a que obteve o maior número de empregos formais encerrados no país. Foram fechados 45.869 vagas em setembro. Minas Gerais (-32.423) e Paraná (-8.472) também tiveram desempenho negativo.
Na contramão do resto do país, a Região Nordeste foi a única a apresentar resultado positivo, criando 26.118 empregos. Pernambuco obteve o melhor desempenho na comparação mensal, com a geração de 15.248 empregos com carteira assinada.
Segundo o governo, esse desempenho positivo tem um efeito sazonal, por conta da produção de açúcar e etanol no segundo semestre.