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Indústria do sorvete com boa expectativa de vendas e faturamento para o verão

Na contramão da crise e com o aumento do turismo interno e o calor do verão, consumo deve aumentar no Nordeste

Da editoria de economia
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Publicado em 13/11/2015 às 10:10
Foto: Flora Pimentel/Acervo JC Imagem
Na contramão da crise e com o aumento do turismo interno e o calor do verão, consumo deve aumentar no Nordeste - FOTO: Foto: Flora Pimentel/Acervo JC Imagem
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Temperatura e dólar muito elevados não são notícias ruins para todo mundo. Essa combinação de fatores deve levar muitos brasileiros a procurarem as praias do Nordeste neste verão, abrindo mão das viagens internacionais. Pelo menos é isso que aponta uma pesquisa de mercado realizada pela Kibon, que espera começar o próximo ano com aumento nas vendas de sorvetes e picolés na região. Além do impacto do turismo, outra aposta das marcas do setor é o crescimento em potencial de consumo dos nordestinos. 

Segundo o levantamento feito pela Kibon, o consumo de sorvetes do Nordeste representa apenas 13% do total do País. “Se a gente considera que a população nordestina corresponde a uma parcela de 24% do total nacional, vemos que ainda há um potencial de crescimento de consumo muito grande na região. Acreditamos que o hábito ainda pode ser muito estimulado”, avalia a gerente de marketing da marca, Cinthia Gherardi, que destaca que o consumo médio anual de sorvete por pessoa no Nordeste é de 4,7 litros. A média nacional corresponde a 7,1 litros.

A perspectiva de um mercado que ainda pode consumir mais é o que faz a FriSabor apostar em um aumento de 20% nas vendas deste verão em comparação ao anterior. “Nossa área tem muita influência no fator da sazonalidade, então o verão sempre é um período bom para nós. Deve ser ainda melhor com nosso investimento no varejo”, explica o sócio-diretor da empresa de origem pernambucana.

As vendas da marca no varejo – iniciada em 2013 com a venda do sorvete em potes de diferentes quantidades e picolés – deve encerrar este ano com crescimento de 60% em relação a 2014. “Temos a vantagem de, mesmo em um ano de crise, trabalhar com um mercado que ainda tem muito a crescer”, reafirma Mayer. 

O número de pontos de venda no Estado deve passar de 300 no início de 2015 para 500 no encerramento do ano. Com 58 anos no mercado, a FriSabor atualmente comercializa seus produtos em cinco estados do Nordeste (além de Pernambuco, na Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará). 

Além do mercado em potencial, outros fatores fazem com que as marcas de sorvetes apostem em um bom início de ano. “Janeiro deste ano teve recorde de temperaturas e o resultado foi um dos melhores inícios de ano em quantidade de vendas. Como as previsões apontam para temperaturas muito altas também para o próximo ano, acreditamos no aumento das vendas”, analisa a gerente de marketing da Kibon.

Outro aspecto levado em consideração pela empresa é a redução dos gastos das famílias com alimentação fora de casa. Esse tipo de despesa cresceu 10,59% segundo o IPCA de setembro na comparação com os últimos 12 meses. "As pessoas estão se voltando mais para receber amigos e confraternizar dentro de casa. Acaba saindo mais barato comprar um pote de sorvete para a família toda do que gastar com uma sobremesa em um restaurante", diz Cinthia Gherardi.

A soma de fatores para uma perspectiva positiva está levando as empresas a apostarem em novos produtos para o verão. A Kibon lança a linha de sorvetes em pote de 1,5 litro inspirada nos gelatos italianos disponível em quatro sabores. Já a FriSabor vai colocar no mercado uma linha completa de picolés de fruta com zero açúcar.

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