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A aceitação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff continuou a conduzir os negócios no Brasil nesta sexta-feira (4). A Bovespa registrou perdas firmes, em meio à avaliação de que o processo de impedimento pode ser demorado e com investidores corrigindo os exageros de alta da véspera.
O Ibovespa fechou o dia em queda de 2,23%, aos 45.360,75 pontos. Na mínima, marcou 45.023 pontos (-2,95%) e, na máxima, 46.385 pontos (-0,02%). Na semana, acumulou queda de 1,11%, e, no mês, sobe 0,53%. No ano até hoje, o Ibovespa recua 9,29%. O giro financeiro totalizou R$ 5,929 bilhões.
O tema impeachment ecoava nas mesas desde cedo, mas hoje os investidores resolveram corrigir os exageros da véspera, quando o Ibovespa subiu mais de 3% e saltou dos 44 mil para os 46 mil pontos. "Grande parte do desempenho de hoje foi uma correção à reação exagerada da véspera, somada a coisas pontuais, como o desempenho de Gerdau", comentou Ignacio Crespo Rey, economista da Guide.
Os papéis da Petrobras estiveram entre os destaques de baixa, em meio às correções e com o recuo do petróleo no mercado internacional. O papel ON da estatal despencou 6,84% e o PN teve baixa de 5,76%. Vale ON cedeu 4,04% e Vale PNA teve baixa de 2,73%, penalizada pelo fato de o preço do minério de ferro na China estar abaixo dos US$ 40 a tonelada.
Gerdau PN e Metalúrgica Gerdau PN também registraram perdas consideráveis, de 9,63% e 8,95%, após o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) apontar irregularidades no julgamento de mais de 70 processos, envolvendo 73 empresas e pessoas físicas. Foram citados, por ordem de valor dos processos, o Banco Santander (em duas ações de R$ 3,34 bilhões cada), o Bradesco (com ações de R$ 2,75 bilhões), a Ford (R$ 1,78 bilhão) e a própria Gerdau (R$ 1,22 bilhão). Bradesco ON cedeu 2,91% e o papel PN do banco caiu 1,37%, enquanto as units do Santander recuaram 0,77%.