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O dólar à vista abriu em leve alta ante o real nesta terça-feira, 5, acompanhando o sinal de valorização da divisa norte-americana no exterior. Em dia de agenda fraca, os temores decorrentes da turbulência nos mercados chineses continuam alimentando o sentimento de aversão a risco.
Às 9h25, o dólar à vista no balcão subia 0,13%, a R$ 4,0397. O dólar para fevereiro recuava 0,06%, a R$ 4,0710. A moeda norte-americana também ganhava terreno em relação a outras divisas de países emergentes e exportadores de commodities, como o dólar neozelandês (+0,74%), a lira turca (+0,83%) e o rublo russo (+0,51%).
O Banco do Povo da China (PBoC) fez nesta terça uma injeção de 130 bilhões de yuans (US$ 19,9 bilhões) em recursos de curto prazo no sistema financeiro chinês, na maior oferta de fundos em um único dia desde 8 de setembro do ano passado. Também interveio no mercado de câmbio, com o objetivo de dar sustentação à moeda local, o yuan, e acalmar os investidores. Desse modo, o yuan terminou a sessão com baixa marginal diante do dólar e as bolsas chinesas voltaram a cair, mas em menor intensidade que na segunda-feira, 4. Enquanto isso, permanecem as tensões entre Arábia Saudita e Irã.
Na segunda, o presidente do Federal Reserve de São Francisco, John Williams, disse que a economia dos EUA ainda precisa de uma política acomodatícia diante "dos obstáculos significativos oriundos de outras partes do mundo, o dólar forte e questões relativas a moradia". Ele espera um crescimento entre 2,0 e 2,5% em 2016 e estima que a taxa de desemprego caia para 4,5%. Williams afirmou que, em média, os dirigentes do Fed esperam "quatro elevações das taxas de juros, o que levaria a meta do banco central para cerca de 1,35%".
Internamente, crescem as incertezas em relação à condução da política econômica. Fontes dizem que a cúpula do PT defende que o governo faça uma 'Carta ao Povo Brasileiro' às avessas, com medidas para estimular o setor produtivo, pressão pela queda dos juros e mesmo o uso das reservas internacionais para investimentos.