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Saiba quais os melhores investimentos com a Selic em 14,25%

Manutenção de taxa de juros elevada favorece opções em renda fixa

Luiza Freitas
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Luiza Freitas
Publicado em 22/07/2016 às 7:57
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A decisão tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros, a Selic, em 14,25% ao ano mantém a vantagem de investir em fundos renda fixa no Brasil. Especialistas lembram, no entanto, que as aplicações mais atraentes são as que cobram taxas de administração abaixo dos 2,5% ao ano.

Para o diretor executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, a melhor alternativa são os títulos do governo. Em função da taxa de juros elevada, o Tesouro Direto bateu recorde de participantes cadastrados no último mês de junho, totalizando 834.835 investidores, a maioria de pequenos valores.

“Podemos dizer que, durante um bom tempo, essas aplicações devem continuar sendo interessantes. Mas, como há uma expectativa de iniciar até o fim deste ano uma redução na Selic, os investidores devem aproveitar o momento de juros mais altos”, recomenda Oliveira. O Copom ainda irá se reunir mais três vezes este ano (em agosto, outubro e novembro) e a expectativa do mercado é que haja uma leve redução da Selic em uma delas. 


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Para quem optar pelos títulos do governo, a recomendação do professor de economia da Faculdade dos Guararapes (FG), Roberto Ferreira, é investir por períodos mais longos. “A preferência é resgatar acima de dois anos, já que a cobrança de Imposto de Renda para esse tipo de investimento é decrescente”, explica. Para o Tesouro Direto, a tributação varia de 22,5% a 15%.

Os descontos precisam ser levados em consideração em todos os tipos de aplicações para avaliar suas vantagens diante da poupança, que apesar de ter uma taxa referencial (TR) de mais de 6,17% ao ano, não sofre tributações e apresenta um rendimento atual de 8,47% ao ano. 

Mesmo assim, aplicações como CDB (com remuneração de 80% do CDI) ainda são mais vantajosas, com rendimento de 8,63% ao ano.

Para além das opções de renda fixa, os investimentos mais arriscados, como a Bolsa, não são recomendados neste momento. “As expectativas em relação à economia do País estão melhorando, mas ainda estamos longe de um cenário equacionado. Ainda há muita volatilidade no mercado e os investidores devem ser mais conservadores”, recomenda o professor de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Rogério Mori.

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