O ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho, disse nesta segunda-feira (15) que a Eletrobras já tem provisionado recursos suficientes para cobrir os custos com a corrupção na companhia. "Pelas informações que temos tanto da auditoria independente como das empresas internacionais (que realizam as investigações na companhia), o valor que está provisionado é suficiente para poder cobrir qualquer tipo de prejuízo que evidentemente vai ser apontado por desvios na empresa", disse Bezerra a jornalistas, após participar de reunião com empresários na Fiesp, em São Paulo.
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O ministro disse esperar que até outubro o balanço da companhia seja assinado pela auditoria externa, de maneira a colaborar para permitir que os ADRs da estatal permaneçam negociados em Nova York. "Não posso garantir (que a auditoria vai assinar o balanço), mas estamos trabalhando para que todo esse movimento e esse esforço de investigação possa dar o conforto suficiente à auditoria independente para poder assinar o balanço", afirmou.
Investigações
Ele lembrou que a Eletrobras tem tomado medidas para aumentar o compliance, como a contratação de escritórios nacionais e internacionais para realizar investigações sobre irregularidades dentro da empresa e a criação de uma diretoria de compliance. "Tudo para poder chegar a outubro, na data da decisão da SEC (Securities and Exchange Commission), mostrando os esforços que a Eletrobras vem fazendo para melhorar esse ambiente de governança dentro da empresa", disse Bezerra, afirmando ter a expectativa de que até lá a companhia possa finalmente arquivar o formulário 20-F e ter a negociação das ações retomadas em Nova York.
Os ADRs deixaram de ser negociadas em Nova York após a Eletrobras não cumprir prazos prorrogados para a entrega do formulário 20-F de 2014. A estatal não pôde apresentar o documento porque, diante das irregularidades descobertas dentro da estatal no âmbito da Operação Lava Jato e sem saber qual seria o impacto desses indícios de corrupção nas contas da companhia, a auditoria externa KPMG se negou a assinar o balanço