O dólar em leve alta ante o real no mercado à vista, em meio à busca por proteção antes do pronunciamento da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, na conferência anual da autoridade monetária, nesta sexta-feira (26) em Jackson Hole, no Wyoming. Discute-se nas mesas de operações que a dirigente do banco central norte-americano pode sinalizar amanhã um aperto iminente das taxas de juros nos Estados Unidos.
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"O ponto alto da semana vai ficar com o discurso da Yellen amanhã, que pode trazer um viés de alta para o dólar caso confirme as apostas de um tom mais agressivo, assim como de vários dirigentes nos últimos dias", afirmou o superintendente regional de câmbio na SLW Corretora, João Paulo de Gracia Corrêa
O movimento no câmbio também foi apoiado, internamente, por preocupações com o ritmo do ajuste fiscal proposto pelo governo de Michel Temer. Por outro lado, o início da etapa final do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, ajudou a conter a alta do dólar, assim como desmonte de posições compradas no mercado futuro e o avanço acentuado nos preços de petróleo.
A moeda norte-americana terminou a sessão em alta de 0,18% no mercado à vista, cotada a R$ 3,2298, distante da máxima do dia de R$ 3,2408 (+0,52%). Operadores apontam que o patamar de R$ 3,24 tem atraído desmonte de posições compradas, por isso, nos últimos dias, o dólar tem se enfraquecido logo que toca ou se aproxima desse nível.
O volume de negócios somou apenas US$ 503,853 milhões, de acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa. No mercado futuro, o contrato do dólar para setembro subiu 0,28%, aos R$ 3,2420, com giro de US$ 9,421 bilhões.