O dólar recuou frente ao real nesta terça-feira (27) em linha com o movimento de baixa frente a divisas de economias emergentes e ligadas a commodities. O principal catalisador desse apetite ao risco veio com as avaliações positivas sobre o desempenho da candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, que enfrentou em debate ontem à noite o republicano Donald Trump.
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No mercado à vista, o dólar negociado no balcão fechou em queda de 0,31%, aos R$ 3,2330. De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 2,079 bilhões. Já no segmento futuro, o contrato de dólar para outubro teve baixa de 0,28%, aos R$ 3,2355, com giro de US$ 17,753 bilhões.
O alívio oriundo da disputa eleitoral norte-americana não evitou alguns momentos de estresse no câmbio doméstico, tendo em vista a acentuada queda do petróleo e fluxos pontuais de saída de recursos do País.
Domesticamente, o dia foi de divulgação do relatório de inflação do terceiro trimestre, do Banco Central. O documento teve efeito limitado no mercado e sinalizou alguns avanços na economia nacional, como a desaceleração nas expectativas de inflação, o que poderia justificar corte na taxa básica de juros, a Selic, já em outubro.
Na visão dos profissionais do câmbio, um possível corte de juros, seja de 0,25 ponto porcentual ou 0,5 ponto porcentual, não prejudica a rentabilidade no Brasil, uma vez que a Selic ainda se encontra elevada e a medida deve vir num contexto de evolução econômica.