O dólar encerrou em queda frente ao real nesta quarta-feira (28) após os maiores produtores de petróleo do mundo entrarem em consenso sobre a necessidade de agir para limitar a oferta da commodity. O anúncio beneficiou as moedas de economias emergentes e exportadoras de matérias-primas, que até então operavam em meio às incertezas sobre a possibilidade de um pacto.
Leia Também
No segmento à vista, o dólar negociado no balcão fechou em baixa pelo segundo dia consecutivo e recuou 0,31% nesta quarta-feira, aos R$ 3,2230. Com o menor valor de encerramento desde 21 de setembro (R$ 3,2072), a divisa norte-americana zerou os ganhos acumulados no mês e passou somar perda de 0,12% em setembro. De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negociação atingiu US$ 1,327 bilhão.
As mínimas da sessão e a consolidação em baixa do dólar ocorreram no período vespertino, após informação de que a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) chegou a um entendimento sobre a necessidade de corte na oferta. Este foi o primeiro reconhecimento do cartel de que é preciso tomar medidas para aliviar uma queda do preço do petróleo, que causou estragos nas economias dos países produtores. O cartel deve esperar até novembro para finalizar um plano para resolver um excesso de oferta que durou mais tempo do que o esperado.
No mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento em outubro registrou queda de 0,60%, aos R$ 3,2160. O giro foi considerado elevado e somou US$ 20,322 bilhões, em meio a relatos de entrada de recursos pela via financeira. Também foi comentado que o volume costuma ser maior no final do mês.
Além das atenções ao encontro de produtores de petróleo, o dia também contou com pronunciamento da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen. A dirigente afirmou que não existe um cronograma antecipado para a elevação de juros nos Estados Unidos e apontou que, se o ritmo da economia for mantido, os integrantes do Fed esperam que o aperto monetário seja gradual.