A Bovespa emplacou nesta segunda-feira (10) sua quarta alta consecutiva e renovou o pico do ano, aos 61.668,32 pontos - ganho de 0,92%. A alta consistente dos preços das commodities favoreceu ações específicas - como Vale e Petrobras -, enquanto o maior entusiasmo com cenário doméstico beneficiou o mercado de maneira geral. Apesar do feriado nos Estados Unidos, as bolsas locais funcionaram normalmente e, em alta, também foram influência positiva para os negócios no Brasil.
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O principal evento da tarde foi a sessão de discussão em primeiro turno da proposta da PEC dos Gastos, que acontece desde as 14 horas na Câmara dos Deputados. A expectativa do governo é que o texto principal seja votado apenas após as 22h. Em Nova York, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse estar otimista com a possibilidade de aprovação hoje. Disse ainda que, se a PEC não for aprovada, o governo terá de avaliar outras possibilidades para ajustar as contas fiscais, mais "sérias e piores" para o País.
No que diz respeito ao cenário interno, também pesa positivamente sobre a bolsa a expectativa de queda de juros no Brasil, já na próxima reunião do Copom, na semana que vem. Esse sentimento ganhou mais força na última semana, quando o IPCA teve uma importante desaceleração, para 0,08% em setembro. Um possível afrouxamento monetário no Brasil reduz a atratividade da renda fixa, o que poderia, em tese, aumentar o apetite dos investidores pela renda variável.
No cenário internacional, o principal fator a alimentar o apetite dos investidores foram as altas de 2,6% do minério de ferro no mercado chinês e os ganhos de mais de 2% do petróleo nas bolsas de Nova York e Londres. A alta do petróleo foi favorecida pela expectativa de acordo de limitação de produção entre países produtores da commodity, defendido por Rússia, Arábia Saudita e Venezuela. Como resultado, as ações da Petrobras tiveram ganhos de 3,19% (ON) e 3,08% (PN). Vale ON e PNA foram ainda mais longe, com ganhos de 5,83% e 5,99%, respectivamente, liderando as altas do Ibovespa.
Na contramão do mercado, Vivo Telefônica PN caiu 6,92% - maior perda do índice - após a notícia da troca de presidentes na empresa. Amos Genish sai da empresa, a pedido seu, a partir de 1º de janeiro, sendo substituído por Eduardo Navarro, atual diretor comercial da companhia.