Brasil e China criaram um fundo de investimentos de 20 bilhões de dólares para financiar projetos de infraestrutura no país, informou o governo brasileiro nesta terça-feira (11).
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Segundo o ministério do Planejamento, o fundo contará com um aporte chinês de 15 bilhões de dólares, enquanto os US$ 5 bilhões restantes serão brasileiros.
De acordo com o comunicado do governo, o memorando que prevê o fundo foi assinado em Pequim e foi concluído após a visita do presidente Michel Temer no início de setembro. No entanto, o jornal Valor Econômico afirma que o acordo foi concebido em maio de 2015 pelo primeiro-ministro chinês Li Keqiang e a ex-presidente Dilma Rousseff.
"A concretização do fundo é algo sem precedentes na América Latina e, provavelmente, em outros continentes. O fundo deve ser motivo de grande celebração e de demonstração concreta de interesse estrangeiro no país", disse o secretário de Assuntos Internacionais do MP, Jorge Arbache no comunicado.
Segundo o governo, os capitais serão aportados à medida que os projetos forem aprovados, e acrescentou que estes poderão contar com outros recursos e captar investimentos do setor privado.
Entre os setores que poderão receber recursos do fundo estão os de logística, energia e recursos minerais, tecnologia avançada, agricultura, agroindústria e armazenagem agrícola, manufatura e serviços digitais.
As empresas chinesas multiplicaram nos últimos anos os investimentos em projetos energéticos brasileiros. State Gird e China Three Gorges (CTG) se consolidaram como líderes do setor elétrico.