O dólar avançou pela terceira vez seguida e encostou no nível de R$ 3,20, sustentado pelas tensões em torno do futuro político e econômico dos Estados Unidos. No mercado à vista, a moeda negociada no balcão fechou com ganho de 1,20%, aos R$ 3,1944, no maior nível desde 17 de outubro (R$ 3,2109). Na semana, a alta do dólar foi de 1,11%. De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 2,420 bilhões.
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As máximas da sessão vieram durante a tarde, quando o mercado foi surpreendido pela informação de que o FBI reabriu a investigação sobre os e-mails de Hillary Clinton no período que era secretária de Estado do governo de Barack Obama. Faltando 11 dias para as eleições presidenciais no país, o caso deixou os investidores em alerta diante de um possível enfraquecimento da democrata na disputa contra o candidato republicano, Donald Trump. No segmento futuro, o contrato para novembro encerrou com elevação de 0,94%, aos R$ 3,2060, com giro de US$ 21,904 bilhões
Pela manhã, o impulso inicial para o dólar veio com o crescimento maior que o esperado do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano, o que ofereceu mais uma justificativa para um aperto monetário no país até o fim do ano. O Federal Reserve anuncia decisão de política monetária na quarta-feira que vem, quando os mercados estarão fechados no Brasil. A expectativa é que o BC dos EUA só eleve juros, frente ao intervalo atual de 0,25% e 0,50%, em dezembro, mas o mercado preferiu se proteger contra surpresas, de acordo com operadores.
Além do anúncio do Fed, os próximos dias contam ainda com divulgação do relatório de empregos dos EUA, na sexta-feira. Ainda de olho na semana que vem, o prazo final para regularização de recursos mantidos no exterior é 31 de outubro, o que ainda pode se traduzir em entrada de recursos no País.