O dólar fechou em baixa pela quarta sessão consecutiva diante de novos sinais de que Hillary Clinton se tornará a próxima presidente dos Estados Unidos. No mercado à vista, nesta terça-feira (8) o dólar caiu 1,04%, aos R$ 3,1733, acumulando perda de 2,05% em quatro pregões. De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou apenas US$ 694,142 milhões, denotando que muitos participantes preferiram se ausentar do mercado antes do resultado final da eleição dos Estados Unidos, que deve ser conhecido na quarta-feira.
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O mercado financeiro iniciou o dia com alguma cautela sobre o resultado das urnas norte-americanos, o que gerou enfraquecimento do real pela manhã. A confiança só aumentou durante o período vespertino quando foram divulgadas informações sobre a participação majoritária de eleitores democratas nas cabines de votação.
De acordo com cálculos da VoteCastr, da revista Slate, os eleitores do partido democrata, de Hillary Clinton, compareceram em maior números nas urnas em Estados essenciais para a campanha presidencial dos Estados Unidos. Esses locais são importantes termômetros para o resultado final da corrida eleitoral, uma vez que Hillary precisa conseguir o número mínimo de delegados para conquistar os votos no colégio eleitoral.
O ambiente externo mais propício para negócios também abriu caminho para atuação de exportadores no câmbio. A convicção de que o dólar pode cair mais atraiu a venda de dólar por esses players tanto no mercado futuro quanto no segmento à vista. Também foram relatados fluxos positivos de recursos, pela via financeira, ao longo do dia.
Domesticamente, embora em segundo plano, o mercado também acompanhou as novidades sobre uma nova rodada da Lei de Repatriação. No final do dia, o futuro líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), deu detalhes sobre o projeto que vai reabrir o prazo de repatriação de recursos de brasileiros no exterior. De acordo com ele, o texto não inclui permissão para que parentes de políticos possam participar do programa. "O projeto não trata de parente de ninguém. Não há nenhuma modificação, por enquanto", afirmou o senador.
A expectativa é que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), apresente o texto ainda nesta terça-feira no plenário do Senado e dê início à tramitação da matéria.