A Caixa Econômica Federal suspendeu novamente por falta de recursos a linha de financiamento imobiliário Pró-cotista, que utiliza recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para subsidiar imóveis de até R$ 950 mil. De acordo com uma nota divulgada pelo banco, todo o orçamento disponibilizado para 2017, no valor de R$ 7,54 bilhões, foi comprometido.
Inicialmente, o Conselho Curador do FGTS aprovou, em outubro de 2016, um montante de R$ 5 bilhões para uso durante todo o ano. No início de maio, porém, mais de 60% do valor já estava contratado, enquanto o restante se encontrava em fase de análise. Posteriormente, o Ministério do Planejamento decidiu remanejar para a Pró-cotista parte dos recursos que seriam direcionados para a faixa de renda mais alta do Minha Casa, Minha Vida, injetando mais R$ 2,54 bilhões. Agora, a Caixa afirma que os recursos estão esgotados novamente.
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"A Caixa Econômica Federal informa que estão suspensas as contratações de novas operações da linha de crédito PróCotista Recursos FGTS, em razão do comprometimento total do orçamento disponibilizado pelo Conselho Curador do FGTS para o exercício de 2017", afirmou o banco em nota.
Não há previsão de novos aportes para a linha. O banco negou que os saques de contas inativas do FGTS tenham influenciado no esgotamento de recursos, e afirma que o o orçamento da linha foi definido antes da MP
LINHA
A linha pró-cotista se destina a trabalhadores com pelo menos três anos de vínculo ao FGTS e que estejam trabalhando ou tenham saldo em conta de pelo menos 10% do valor do imóvel. Os juros podem chegar a até 8,85% ao ano. O valor máximo dos imóveis financiados é de R$ 950 mil para Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal e de R$ 800 mil nas outras regiões do País.