O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou 86,9 pontos em setembro de 2018, alta de 1,5% ante agosto. Na comparação com setembro de 2017, o aumento foi de 13,2%, informou nesta quinta-feira, 20, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Apesar do aumento da confiança para consumir, o ICF completou 41 meses abaixo dos 100 pontos, nível de corte para o indicador ser considerado favorável ou desfavorável.
Segundo a CNC, todos os subíndices que compõem a ICF aumentaram na variação ante agosto.
Três que subiram acima da média: Renda Atual (+2,5%), Nível de Consumo Atual (+2,4%) e Momento para Duráveis (+2,2%). Na comparação com setembro de 2017, os componentes que mais subiram foram Nível de Consumo Atual (+24,9%) e Perspectiva de Consumo (+22,6%).
"A alta da intenção de consumo pode ser atribuída a alguns fatores que influenciam as decisões de consumo das pessoas, como preços e renda", diz o economista da CNC Antonio Everton, em nota. "Outro fator que explica o incremento da intenção de consumir é a liberação dos recursos do PIS/Pasep para os cotistas destes fundos", continua o texto.
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Trabalho
O mercado de trabalho segue como principal problema para a confiança do consumidor. Os subíndices Emprego Atual (+0,8%) e Perspectiva Profissional (+0,7%) foram os que menos cresceram no ICF de setembro.
"O desemprego alto assusta as pessoas e cria cautela no consumo, principalmente quando o endividamento das famílias já se encontra elevado", diz a nota da CNC.