A Azul provavelmente terá de reavaliar sua proposta após a decisão da gestora americana Elliott, maior credor da dívida da Avianca Brasil, de dividir os ativos em várias partes e convidar Gol e Latam para participarem do processo, segundo um analista do setor que pede para não ser identificado. "Mudou um pouco o cenário. Provavelmente uma dessas sete unidades produtivas (UPIs) que serão criadas deve interessar a Azul. Um possível resultado desse leilão seria cada uma das aéreas ficar com um pedaço 'saudável' da Avianca (sem passivos trabalhistas ou tributários)", estima o analista.
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Maximização de valor
O movimento desta quarta-feira, na visão do analista, representa uma tentativa de maximizar o valor da empresa, conseguindo assim pagar suas dívidas. "A maior parte desse valor, porém, se refere a ativos que a companhia não tem. Nesse ponto é que entra o governo", observa o analista, se referindo aos 70 slots envolvidos na negociação, que não são de propriedade da Avianca e sim uma concessão.
A questão trabalhista, por exemplo, é outra questão sensível a ser resolvida, acrescenta. "A recontratação dos funcionários da Avianca seria feita através de um novo contrato. Não sabemos se os funcionários irão aceitar os novos termos."
A dívida tributária a ser paga é outro incógnita, dado que não se sabe como isso entrará na conta. "É outra questão que fica para o governo resolver", observa o analista.