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In Loco recebe aporte de US$ 20 milhões e deve abrir 100 vagas em Pernambuco

Focada em tecnologia de localização, a In Loco quer conquistar mercado norte-americano pelo IoT

Lucas Moraes
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Lucas Moraes
Publicado em 13/06/2019 às 12:15
Foto: Tato Rocha/Acervo JC Imagem
Focada em tecnologia de localização, a In Loco quer conquistar mercado norte-americano pelo IoT - FOTO: Foto: Tato Rocha/Acervo JC Imagem
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Cotada a se tornar o primeiro unicórnio de Pernambuco, a startup In Loco recebeu um novo aporte de US$ 20 milhões de dólares de dois fundos investidores, Valor Capital Group e Unbox Capital. Os recursos serão usados para ampliação das atividades da empresa no Brasil e nos Estados Unidos, além de possibilitar a entrada da In Loco no segmento de Internet das Coisas (IoT) no mercado norte-americano. Com o aporte, 100 novos postos de trabalho serão abertos em Pernambuco nos próximos 12 meses.

Com raízes no uso de tecnologia para geração de publicidade geolocalizada, a In Loco tem diversificado o leque de atividades. No Brasil, a base de usuários já contabiliza 60 milhões de pessoas, que usam a tecnologia embarcada em outros apps de serviços. Já nos EUA, o escritório, que opera com apenas uma pessoa na equipe, já tem uma base de 5 milhões de usuários.

“Fizemos um movimento muito tímido até então nos EUA. O nosso escritório já está em operação, mas nada perto do volume que temos no Brasil. A gente nunca chegou a ter mais de uma pessoa full time lá, até agora. Com esse investimento, nos próximos 18 meses devemos chegar a umas 30 pessoas, com expectativa de crescer a base de usuários para 50 milhões”, diz o CEO da In Loco, André Ferraz.

No mercado norte-americano, a In Loco já atua nos aplicativos transacionais -  de serviços para o dia a dia, com plataforma que garante mais segurança nas transações, como também entendimento do contexto certo para interação dos apps com o usuário.

Por lá, também deve começar a atuação da In Loco no mercado IoT, focado na garantia da coleta de informação por parte dos novos dispositivos de Internet das Coisas. “O maior problema de IoT vai ser segurança e privacidade, porque terão dispositivos em todos os lugares coletando informações. Alguns deles serão fáceis de ser hackeados, e os dados coletados são sensíveis., como fotos e vídeos. O que pretendemos é criar um protocolo de autenticação e personalização para IoT, usando informações comportamentais e presença física. É um misto de segurança com personalização para resolver o problema de alinhar conveniência com privacidade”, define Ferraz.

Brasil

Segundo o CEO, no Brasil, o crescimento de base de usuários está se tornando difícil porque a startup pernambucana está num tamanho que praticamente “todas as pessoas que usam apps de serviços estão na base”.  Para ele, o crescimento no nosso País, agora, se dará muito mais em geração de receita em cima dessa base, mas sem deixar de abrir novas vagas de emprego.

“De pronto, no Recife, temos vagas para engenharia de software, ciência e segurança de dados. Já tem vagas abertas, mas nas próximas semanas devemos estar acelerando isso com 40 a 50 oportunidades”, comemora o CEO, que já tem uma equipe de 180 colaboradores.

Entre os principais clientes da In Loco estão marcas como Nissan, Oi, Banco Santander, O Boticário, OLX e Zap Imóveis. Com o acréscimo dos dois novos fundos investidores, a empresa criada em 2014 por alunos da UFPE, continua independente, sem um único acionista no controle, mas com Naspers, os fundadores da In Loco, Valor Capital Group (focada na relação com mercado dos EUA) e Unbox Capital (ligada aos donos da Magazine Luiza) na linha de frente.

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