O presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta quarta-feira (21) que as privatizações anunciadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, começarão pelos Correios e fazem parte do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI). Para Bolsonaro, o processo de privatização deve ser "bastante longo" por depender do aval do Parlamento.
"A lista do Programa de Parcerias de Investimentos para o processo de privatização começa pelos Correios, o resto não lembro de cabeça", disse o mandatário ao sair do Palácio da Alvorada, nesta quarta.
Ao ser questionado por jornalistas se considera que a privatização poderia ocorrer este ano, o presidente Jair Bolsonaro respondeu que "a privatização dos Correios passa pelo Congresso". "É um processo bastante longo", acrescentou.
O governo afirma que a corrupção, as interferências políticas na gestão da empresa, a ineficiência, as greves constantes e a perda de mercado para empresas privadas na entrega de mercadorias vendidas pela internet, o e-commerce são justificativas para a privatização dos Correios.
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No início de agosto, o presidente Jair Bolsonaro disse que a privatização dos Correios estava "no radar”. “Vocês sabem o que foi feito com os Correios. O mensalão começou com eles. Sempre foi um local de aparelhamento político e que foi saqueado, como no fundo de pensão. Os funcionários perderam muito, tiveram que aumentar a contribuição para honrar”, disse o presidente.
17 EMPRESAS
Nessa terça-feira (20), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que 17 empresas públicas que devem ser privatizadas até o final de 2019.
"As coisas estão acontecendo devagarzinho, vai uma BR Distribuidora aqui, daqui a pouco vem uma Eletrobras, uma Telebras, daqui a pouco vem também os Correios, está tudo na lista. Amanhã (quarta-feira, 21) devem ser anunciadas umas 17 empresas só para completar o ano. Ano que vem tem mais”, afirmou Guedes em um evento em São Paulo.