SALÁRIO MÍNIMO

Governo enviará ao Congresso nova política do salário mínimo sem reajuste real

Atualmente, o salário mínimo do Brasil é corrigido pelo INPC acumulado no ano anterior

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Publicado em 23/01/2020 às 17:10
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O valor anunciado levou em conta a tendência da inflação oficial para 2021 - FOTO: AGÊNCIA BRASIL
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O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, anunciou nesta quinta-feira (23), que o governo irá alterar neste ano a sistemática de correção para o salário mínimo, sem que haja perdas para os trabalhadores. Atualmente, o piso salarial do País é corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado no ano anterior.

O problema é que o reajuste precisa entrar em vigor no dia 1º de janeiro antes da apuração final do índice de inflação. "Uma alternativa é fazer a correção do salário mínimo pelo INPC acumulado nos 12 meses entre dezembro de um ano e novembro do ano seguinte. O importante é entregarmos previsibilidade para o cidadão e para o orçamento", afirmou.

Waldery disse ainda que a proposta do governo não deve incluir nenhum mecanismo para que o salário mínimo possa ter ganho real, acima da inflação. "A princípio, o projeto busca apenas a reposição do poder aquisitivo dos trabalhadores", respondeu.

Segundo o secretário, o governo irá enviar o projeto de lei ao Congresso provavelmente até o fim de agosto, para poder constar na proposta de orçamento de 2021. "Podemos pensar em uma medida efetiva que tenha validade até o fim do atual governo (dezembro de 2022)", acrescentou.

Aumento para R$ 1.045

Ele ainda confirmou que o aumento do salário mínimo para R$ 1.045 em 2020 terá um impacto de R$ 2,13 bilhões no orçamento deste ano. "O salário mínimo deste mantém integralmente o poder aquisitivo dos trabalhadores, conforme manda a Constituição", reiterou.

>>  Cada R$ 1 no salário mínimo gera impacto de R$ 320 milhões, diz secretário

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