Os funcionários do consórcio Coeg, formando pelas empresas Conduto e Egesa, realizam ato em frente ao Portão Oeste da Refinaria Abreu e Lima, no Complexo Portuário de Suape, na manhã desta sexta-feira (16). O grupo realiza um panelaço para protestar mais uma vez pelo pagamento de salários atrasados e benefícios. Esta é a terceira manifestação organizada pelo trabalhadores durante a semana.
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Com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE), os funcionários prometem continuar com as ações enquanto os valores devidos não forem depositados de forma integral. “Os trabalhadores, em assembleia, decidiram pela paralisação. As atividades só voltam mediante o acerto com o pessoal inativo e com o pessoal ativo, que não recebeu o 13º, o cartão sodexo, nem o plano de saúde”, explica o assessor de crises do Sintepav-PE Leodelson Bastos.
De acordo com os trabalhadores, até o momento, o 13º dos funcionários não foi totalmente repassado, apesar de constar na folha de pagamento. O consórcio demitiu cerca de 500 trabalhadores e, destes, 337 ainda não receberam o aviso prévio e nem o PLR (participação nos lucros).“Queremos um posicionamento da Petrobras ou do Consórcio”, ressalta Bastos. Eles afirmam, ainda, que vão entrar com uma ação coletiva contra a Coeg.
Na última terça-feira (13), cerca de 300 funcionários do Coeg se reuniram em protesto.“O pagamento dos funcionários demitidos foi adiado várias vezes. Mas, ontem [12], o gerente disse que não tinha como pagar porque a Petrobras não repassou a verba”, explica Leodelson Bastos. Já na quarta-feira (14), o grupo se reuniu próximo à Refinaria Abreu e Lima e tentou sair em passeata, mas foi impedido pela Polícia Militar, que bloqueou o acesso dos trabalhadores ao local.
Em nota divulgada no dia 13, a Petrobras informou "estar adimplente quanto a todas as suas obrigações contratuais com o Consórcio COEG" e disse estar atenta aos atrasos no pagamento dos trabalhadores desligados, mas reafirma que a responsabilidade pelas obrigações trabalhistas é das empresas contratadas para execução dos serviços.