AUTOMÓVEIS

Cegonheiros fazem protesto contra transporte da Fiat

Sindicato de motoristas de caminhões cegonha acusa Sada, responsável pela logística, de não dar preferência aos profissionais de Pernambuco. Empresa nega.

Do JC Online
Cadastrado por
Do JC Online
Publicado em 24/02/2015 às 7:23
Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
FOTO: Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Leitura:

Atualizada às 11h18

Cegonheiros ligados ao Sindicato dos Transportadores Autônomos de Veículos Automotores e Correlatos (Sintrave PE) realizam na manhã desta terça-feira (24) uma passeata no entorno do Cais de Santa Rita. A categoria, que se concentrou às 8h em frente às Torres Gêmeas, alega que precisa chamar a atenção da população e das autoridades para como vai se desenrolar o transporte de carros fabricados na Jeep – do grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA) – em Goiana, na Zona da Mata Norte. Os trabalhadores distribuiram panfletos, levaram bandeiras e carros de som.

Os sindicalizados se queixam que a Sada Transportes e Armazenagens S.A., empresa sediada em Minas Gerais, prioriza a contratação de cegonheiros (motoristas de caminhões-cegonha) oriundos de Minas Gerais e São Paulo. "Nós queremos transportar ao menos 50% dos veículos produzidos em Goiana. Se a fábrica foi construída em Pernambuco, ela deve beneficiar os cegonheiros do Estado e não vindos de fora. Queremos apenas trabalhar", explica Luciano Pontes, vice presidente do Sindicato que representa os cegonheiros. O vice presidente afimou ainda que o grupo tem a autorização da Fiat para realizar o serviço e lembra que uma das exigências feitas pelo então governador Eduardo Campos ao ceder o terreno de Goiana à Fiat foi a utilização da mão de obra local.

Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Cegonheiros ligados ao Sintrave-PE realizam um protesto na manhã desta terça-feira (24) - Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Categoria se concentrou às 8h no Cais de Santa Rita - Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Grupo queria chamar atenção para o desenrolar o transporte de carros fabricados na Jeep - Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Sindicalizados se queixam que a Sada prioriza a contratação de cegonheiros oriundos do Sudeste - Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Sada nega a acusação e diz que contratará pernambucanos para transportar os carros para o NO e NE - Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Saga diz ainda que o transporte deve levar em conta a redução viagens e a economia de diesel - Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Cerca de 500 trabalhadores atuam no estado no transporte de cerca de 4.300 veículos por mês - Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Com a concentração dos caminhões cegonha o congestionamento foi inevitável - Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Fábrica da Fiat em Goiana, que será inaugurada em 28 de abril, produzirá o jeep renegade - Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem

A Sada nega a acusação e informa que vai contratar inicialmente 12 pernambucanos motoristas para transportar os carros Jeep para o Norte e o Nordeste. E, à medida que a produção avançar, elevará este número para cerca de 40. Já o transporte da carga levado para as outras regiões será realizado por profissionais que vêm da fábrica de Betim, em Minas Gerais, com o objetivo de reduzir viagens e poupar diesel.

Além disso, a companhia ressalta que "não existe nenhuma negociação com os supostos sindicatos dos cegonheiros e ainda ratifica que não há nenhum compromisso formal ou qualquer jurisdição que recomende a empresa a negociar as contratações de profissionais com sindicatos".

Cerca de 500 trabalhadores atuam no estado no transporte de cerca de 4.300 veículos por mês. A fábrica da Fiat, que está sendo instalada em Goiana, Mata Norte do Estado, será inaugurada em 28 de abril e vai produzir o jeep renegade.

Foto: Ricardo Carneiro/JC Imagem

Por volta da 8h, a categoria saiu do Cais de Santa Rita em caminhada com 12 caminhões-cegonha, seguindo pela Avenida Martins de Barros, atravessando para o Bairro do Recife pela Ponte Buarque de Macedo e voltando para o Cais. Segundo Luciano Pontes, os trabalhadores prometem minimizar os transtornos do protesto. "Nosso percurso é pequeno. O objetivo é chamar a atenção para nossa causa, mas sem atrapalhar muito o trânsito", conta.

No entanto, por conta da concentração dos caminhões cegonha os congestionamentos e retenção foram inevitáveis. Os ônibus que saiam do Terminal do Cais de Santa Rita, ficaram impossibilitados de passar e, com isso, muitos passageiros desceram dos coletivos para continuar o percurso a pé. A fila de autos-passeio também é grande e se estende até o Cais José Estelita.

Últimas notícias