Paralisação

Servidores do INSS entram em greve a partir desta sexta

Segundo o Sindsprev, as negociações com o Governo Federal acerca da campanha salarial dos profissionais estão em trâmite desde 2009

Do JC Online
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Publicado em 10/07/2015 às 8:50
Foto: Sindsprev/Divulgação
Segundo o Sindsprev, as negociações com o Governo Federal acerca da campanha salarial dos profissionais estão em trâmite desde 2009 - FOTO: Foto: Sindsprev/Divulgação
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Os servidores públicos federais em saúde e previdência social de Pernambuco entram greve a partir desta sexta-feira (10). Com a paralisação, as atividades de todas as agências do INSS do Estado, além de serviços da saúde em hospitais e policlínicas foram afetadas. Cerca de 200 servidores de todo o Estado participaram da assembleia que definiu a paralisação, que também acontece em outros 18 estados e no Distrito Federal. São realizados, em média, 180 atendimentos por dia nas agências da Região Metropolitana do Recife.

Na manhã desta sexta, a categoria se reúne em frente à sede da Gerência da Previdência Social do Recife, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, onde entrega carta aberta à população, explicando os motivos da greve. Segundo o Coordenador-Geral do Sindsprev, Bonifácio do Monte, a expectativa é que 80% da categoria participe da greve e 30% continue trabalhando para manter o serviço essencial, conforme a lei. Segundo o Ministério da Previdência, Pernambuco possui 90 agências da previdência social.

De acordo com o sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social (Sindsprev), as negociações com o Governo Federal acerca da campanha salarial dos profissionais está em trâmite desde 2009, assim como o plano de carreira exigido, ainda de acordo com o Sindsprev. No entanto, enquanto os servidores pedem um aumento de 27,3%, o Ministério do Planejamento propôs um reajuste de apenas 21,3%, escalonado em quatro anos. A categoria se mostrou contrária aos valores propostos, alegando que esse aumento não repõe a inflação acumulada no período e que o órgão sofre também com a defasagem no quadro de profissionais. Um novo encontro de negociação está marcado para o próximo dia 21.

“Começamos a discutir essas questões com o INSS e o Governo há cinco anos e só ouvimos promessas. Reivindicamos a melhoria salarial, a criação de um plano de carreira para os servidores, a realização de concursos públicos e a melhoria das nossas condições de trabalho”, afirma o Coordenador-Geral do Sindsprev, José Bonifácio do Monte. Além da questão salarial, o Sindicato ressaltou que o modelo de gratificações por metas batidas adotado no setor é condenável e precisa ser revisto.

“Quando o servidor se aposenta, ele perde cerca de 40% do salário, já que grande parte da nossa remuneração é oriunda de gratificações por metas. Temos servidores aqui com mais de 70 anos que continuam trabalhando por causa disso”, afirma o Coordenador Geral do Sindicato. O INSS diz, em nota emitida no dia de anúncio da greve, que "mantém as portas abertas" para uma negociação sobre o impasse com os servidores.

AGENDAMENTO- Quem tiver agendado o atendimento, através do telefone 135, deve ir até as agências. O Ministério da Previdência garantiu, em nota divulgada no site do ministério, que aqueles segurados que não sejam atendidos em razão da paralisação atendimento remarcado pela Agência da Previdência Social. Outras informações podem ser obtidas através da Central 135.

Veja abaixo nota divulgada pelo Ministério da Previdência:

Sobre a paralisação dos seus servidores em algumas Unidades da Federação, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),  informa:

1) Os segurados que possuam agendamento para atendimento em uma Agência da Previdência Social (APS) e que não sejam atendidos em razão da paralisação dos servidores terão sua data de atendimento remarcada. O reagendamento será realizado pela própria APS e o segurado poderá confirmar a nova data ligando para a Central 135 no dia seguinte à data originalmente marcada para o atendimento.

2) O INSS considerará a data originalmente agendada como a data de entrada do requerimento, para se evitar qualquer prejuízo financeiro nos benefícios dos segurados.

3) A Central de Atendimento 135 está à disposição para informar quais as Agências onde não há atendimento em virtude da paralisação e para orientar os cidadãos.

4) O Ministério da Previdência Social e o INSS têm baseado sua relação com os servidores no respeito, no diálogo e na compreensão da importância do papel da categoria no reconhecimento dos direitos da clientela previdenciária e, por isso, mantém as portas abertas às suas entidades representativas para a construção de uma solução que contemple os interesses de todos.

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