GREVE

Bancários realizam ato em agências do Santander e do Bradesco no Centro do Recife

No 15º dia de greve, funcionários seguirão de uma unidade à outra andando em fila indiana

Do JC Online
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Publicado em 20/10/2015 às 7:16
Foto: Gustavo Belarmino/JC
No 15º dia de greve, funcionários seguirão de uma unidade à outra andando em fila indiana - FOTO: Foto: Gustavo Belarmino/JC
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Os bancários entram em seu 15º dia de greve, nesta terça-feira (20), realizando mais um protesto no Centro do Recife. Por volta das 6h, bancários de várias agências do Grande Recife começaram a se reunir em frente à unidade do Santander na Rua Siqueira Campos, no bairro de Santo Antônio. A partir das 10h, a categoria realizará ato no local, reivindicando o reajuste salarial de 16%.

Ao meio-dia, o movimento paredista deve se deslocar em fila indiana até a agência do banco Bradesco da Rua da Concórdia, no bairro de São José, também no centro da cidade. Lá, os grevistas devem ocupar a área de atendimento da unidade. Segundo o Sindicato dos Bancários de Pernambuco, o protesto deve ser encerrado por volta das 13h.

Ainda na tarde desta terça, às 16h, após quase um mês de silêncio, as negociações serão retomadas em São Paulo. Dirigentes do Comando Nacional dos Bancários se reunirão com representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). "Eles, finalmente, nos chamaram para retomar as negociações. Esperamos uma boa proposta. Estamos abertos ao diálogo", afirmou a presidenta do sindicato pernambucano, Suzineide Rodrigues.

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O diálogo, de acordo com a categoria, estava parado desde o dia 25 de setembro, quando os bancos apresentaram a "pior proposta dos últimos dez anos". Ofereceram reajuste de 5,5% (quase a metade da inflação de 9,88% de agosto) - o que representa perda real de cerca de 4% e abono de R$ 2,5 mil, pagos apenas uma vez e não incorporados ao salário.

Além do reajuste salarial, os bancários reivindicam a valorização do piso no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.299,66, em junho), PLR de três salários mais R$ 7.246,82, combate às metas abusivas e ao assédio moral, melhores condições de trabalho, fim da terceirização e proteção ao emprego, vale-alimentação e refeição maiores. Um balanço recente aponta que 87% dos bancos no Estado estão sem atendimento. O percentual cresce levando em consideração apenas instituições financeiras públicas: 98%. Nos bancos privados, é menor: 77% das unidades estão paralisadas.

"Escolhemos realizar o ato numa agência do Santander porque é um local sem segurança, onde dois funcionários já foram sequestrados", completou Suzineide Rodrigues. Na última quarta-feira (14), a categoria realizou ato em frente à agência do Banco do Brasil da Avenida Dantas Barreto, também na região central do Recife.

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