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Apesar da popularização dos adorados food trucks, ainda não existe nenhuma regulamentação a ser seguida pelos pequenos empresários do negócio no Recife. Embora a discussão sobre o assunto esteja sendo realizada pela Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife desde o início do ano passado, até agora nada foi resolvido e não há previsão de término do debate. Em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba, as regras para o funcionamento e operação dos trucks já estão claras.
“Está em andamento um debate acerca da regulamentação dos food trucks no Recife. A discussão também envolve secretarias como a de Turismo e Lazer e Desenvolvimento e Empreendedorismo, além de representantes dos proprietários de food trucks”, afirmou, em nota, a secretaria. O documento deve estabelecer diretrizes para o funcionamento dos trucks em diversos quesitos, desde medidas básicas de higiene até em que locais da cidade os trucks poderão operar.
Vale ressaltar que a ausência de regulamentação não isenta os empresários do setor de várias obrigações, como seguir as normas da Vigilância Sanitária que se aplicam a qualquer estabelecimento que comercializa alimentos; ter uma licença do Departmento de trânsito de Pernambuco (Detran-PE) para circular; e um alvará dos Bombeiros. “A questão da regulamentação é muito séria, porque protege os donos de food truck de qualquer problema que eles possam ter com outros estabelecimentos”, comenta o analista do Sebrae Vitor Abreu. “Se eu estivesse pensando em iniciar um negócio nesse ramo, esperaria mais um pouco pela regulamentação para empreender com mais segurança”, completa.
A preocupação é partilhada pelo empresário Paulo Cardoso, do food truck CalanGourmet. “Conquistamos um público legal e que confia no nosso trabalho, com perfil que gostaríamos de estar trabalhando. Por isso, gostaria que a regulamentação viesse logo. Vai facilitar nossa vida e fazer com que a gente possa atuar na legalidade”, afirma.