Goiana

Empresas do polo vidreiro investem em capacitação de mão de obra

Convênio assinado com Senai e governo do Estado prevê qualificação de 400 pessoas

Emídia Felipe
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Emídia Felipe
Publicado em 03/02/2016 às 11:56
Foto: Guga Matos/ JC Imagem
Convênio assinado com Senai e governo do Estado prevê qualificação de 400 pessoas - FOTO: Foto: Guga Matos/ JC Imagem
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Suprindo um vácuo histórico na produção de vidros no Nordeste, a Vivix tem uma situação peculiar comparada à indústria nacional. Instalada no polo de Goiana, a empresa está ampliando a produção e iniciando suas exportações. Ainda que não descuide da crise – que está segurando os planos de expansão orgânica –, a companhia aproveita a demanda por vidros e quer fomentar a cadeia produtiva local, liderando um movimento para capacitar pessoal na região. Ontem, ela e outras empresas do segmento assinaram um convênio com o Senai e o governo estadual para qualificar 400 pessoas até o fim de 2017.

Os cursos são gratuitos e serão promovidos em Jaboatão dos Guararapes (Região Metropolitana do Recife) e em Itapissuma (Mata Norte). Segundo o secretário da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação, Evandro Avelar, serão treinamentos tanto para qualificar pessoal para as empresas quanto para estimular o empreendedorismo. 

O Senai receberá R$ 120 mil dos cofres públicos estaduais para realizar os treinamentos. As empresas do setor vão patrocinar a instalação de um laboratório específico na unidade Senai de Jaboatão, investindo R$ 30 mil. Avelar esclareceu que os detalhes dos cursos, incluindo inscrições e temas de cada turma, serão revelados somente nos próximos dias. Ele adiantou, entretanto, que neste primeiro semestre deverão ser abertas cinco turmas, cada uma com 20 pessoas.

A capacitação de pessoal é necessária para o crescimento do chamado polo vidreiro, puxado pela Vivix. Pelo menos seis projetos já estão confirmados; entre eles, dois já em implantação: Pórtico e Intervidros. Presidente da Vivix, Paulo Drummond informa que a indústria produz atualmente 70% da sua capacidade total, de 900 toneladas diárias. Instalada em 2014, a indústria consumiu R$ 1 bilhão em investimentos e tem 400 empregados, além de gerar cerca de 1.500 empregos indiretos. Recentemente, além de chapa de vidro, começou a produzir lâminas e espelhos. “Temos uma grande margem de crescimento, porque antes era preciso trazer o produto do Sudeste ou mesmo importar. Por isso nossa presença fomenta toda a cadeia produtiva do Nordeste”, assegura o empresário, que pretende manter em 15% o volume destinado à exportação. Atualmente, a Vivix atende países como Argentina e Bolívia e negocia com Estados Unidos e México.

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