Saúde

Mais de 33 mil beneficiários cancelaram plano de saúde em Pernambuco

Em todo o Brasil, o número total de cancelamentos foi de 90 mil em junho

JC Online
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Publicado em 20/07/2016 às 10:35
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Em todo o Brasil, o número total de cancelamentos foi de 90 mil em junho - FOTO: Foto: Internet/reprodução
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Os planos de saúde em Pernambuco perderam mais de 33 mil usuários entre junho do ano passado e o mesmo período deste ano. Os dados são da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), divulgados anteontem. No País, a diferença é de 1,64 milhão no mesmo período. Entre os principais motivos para a queda está a crise econômica. 

No primeiro trimestre deste ano, o resultado também é negativo. Entre janeiro e junho, os planos perderam 14.937 mil beneficiários no Estado. Já no País, foram 910 mil. 

Apenas os Estados do Amazonas, Bahia, Pará, Piauí, Rio Grande do Sul e Tocantins apresentaram aumento no número de beneficiários entre maio e junho deste ano. 

POPULARES

A proposta do ministro da Saúde, Ricardo Barros, de criar planos de saúde populares com cobertura mais básica, divulgada há duas semanas, nem será capaz de aliviar a falta de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) nem vai agilizar o atendimento a pacientes com doenças mais complexas. E ainda pode ter efeito contrário, de desorganizar o sistema e atrasar o início de alguns tratamentos. Essa é a visão de vários especialistas em saúde pública e reforçada por dados do próprio ministério. 

Segundo a pasta, o gasto com ações de atenção básica, como consultas em postos de saúde, representou, no ano passado, 13,7% do orçamento do ministério, enquanto as despesas com procedimentos de média e alta complexidade, como internações e cirurgias, consumiram 42,1%.“Não consigo entender isso como uma solução, pelo contrário, porque muito da alta complexidade quem banca e vai continuar bancando é o SUS. Então a gente percebe que é uma medida que, do ponto de vista técnico, parece não ter justificativa e que vai na contramão do que vem sendo feito pela ANS, que é evitar planos com baixa cobertura”, diz Walter Cintra Ferreira Junior, coordenador do curso de especialização em administração hospitalar e de sistemas de saúde da FGV.

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